A música de Claudio Santoro e o giro cultural, epistemológico e político de 1968

Autores

  • Cesar Maia Buscacio
  • Virgínia Albuquerque de Castro Buarque

DOI:

https://doi.org/10.34019/2525-7757.2019.v4.32091

Resumo

O ano de 1968 mostrou-se emblemático por seus questionamentos às abordagens e sistemas macro-estruturais, numa imbricação entre política, cultura e ciência. Como o campo musical dialogou com tais irrupções? Este artigo busca responder pontualmente a esta inquirição, através da interpretação da produção e da trajetória do regente e compositor brasileiro Cláudio Santoro: no decorrer de 1968, ele transitou entre a Europa, os Estados Unidos e o Brasil, veiculando suas primeiras obras em música eletroacústica. Recorrendo-se à leitura de algumas missivas inéditas e de pesquisas acadêmicas já elaboradas sobre Santoro, postula-se aqui, como hipótese, a existência de afinidades entre as intersubjetividades políticas dos movimentos de 1968 e a música eletroacústica de Santoro, desdobradas, por sua vez, em três aspectos complementares: a) a relevância da atuação criativa do intérprete; b) o exercício de democratização da cultura através do acionamento das linguagens, inclusive da música; c) a articulação entre modernidade, memória cultural e música urbana.

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Publicado

2020-09-10

Edição

Seção

Dossiê: A Fala da Música