A superação do obstáculo epistemológico: método e ambiguidade
DOI:
https://doi.org/10.34019/1980-8518.2025.v25.46478Palavras-chave:
Raça, Negros brasileiros, Sociologia negra, Decolonial e contracolonial, PardoResumo
Findando uma orientação de pesquisa que percorre o tema das identidades pretas e pardas brasileiras, o objetivo deste trabalho está relacionado com a posição parda de ambiguidade centrada como metodologia de análise, além de sua característica fundamental no sistema ideológico racista brasileiro. Portanto, a maneira pela qual se construiu a classificação parda na sociedade brasileira está cheio de variações que precisam ser organizadas partindo de um ponto de vista político-revolucionário, questionando as maneiras antigas de percepção aguerridas pelas ciências sociais, sem esquecer o prisma das estruturas sociais que influem na percepção de leitura dos sujeitos negros brasileiros.
Downloads
Referências
ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
BELANDI, Caio; GOMES, Irene. Censo 2022: pela primeira vez, desde 1991, a maior parte da população do Brasil se declara parda. Agência IBGE Notícias, 22 dez. 2023. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/38719-censo-2022-pela-primeira-vez-desde-1991-a-maior-parte-da-populacao-do-brasil-se-declara-parda. Acesso em: Acesso em: 07 mar. 2024.
BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 23. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2022.
CAMPOS, Luiz Augusto. O pardo como dilema político. Revista Inteligência, n. 63, p. 81-91, 2013.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
CARINE, Bárbara. Como ser um educador antirracista. São Paulo: Planeta do Brasil, 2023.
CHAUI, Marilena. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo, Editora Perseu Abramo, 2000.
CHAUI, Marilena. Conformismo e resistência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2023.
CHAUI, Marilena. O que é ideologia. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2008.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
DEVULSKY, Alessandra. Colorismo. São Paulo: Jandaíra, 2021. 224 p.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Edipro, 2012.
DUSSEL, Enrique. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995.
EAGLETON, Terry. Ideologia: uma introdução. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2019.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: a vontade de saber. 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 84. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2022.
GÓES, Juliana Morais de. Reflexões sobre pigmentocracia e colorismo no Brasil. REVES - Revista Relações Sociais, v. 5, n. 4, 2022.
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Rio de Janeiro: Vozes, 2017.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos. Lugar de negro. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.
GORDON, Lewis R. Medo da consciência negra. São Paulo: Todavia, 2023.
HOOKS, Bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. 13. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2020.
KILOMBA, Grada. A máscara. PISEAGRAMA, Belo Horizonte, n. 11, p. 26-31, nov. 2017.
LEI nº 12.711, de 29 de Agosto de 2012.
LOSURDO, Domenico. Contra-história do liberalismo. São Paulo: Ideias e Letras, 2020.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia Alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2019.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do partido comunista. São Paulo: Boitempo, 1998.
MARX, Karl. O Capital: crítica da Economia Política. Livro 1. São Paulo: Boitempo, 2013.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições, 2018. 80 p.
MÉSZÁROS, István. O desafio e o fardo do tempo histórico. São Paulo: Boitempo, 2007.
MÉSZÁROS, István. Filosofia, ideologia e ciências sociais. São Paulo: Boitempo, 2008.
MOMBAÇA, Jota. Pode um cu mestiço falar? 6 jan. 2015. Disponível em: https://medium.com/@jotamombaca/pode-um-cu-mestico-falar-e915ed9c61ee. Acesso em: 7 mar. 2024.
MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2019.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional vs identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. ISBN 978-85-513-0601-7.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
NASCIMENTO, Beatriz. Uma história feita por mãos negras: relações raciais, quilombos e movimentos. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social, v. 19, n. 1, p. 287-308, 2007.
OLIVEIRA, Dennis De. Racismo estrutural: uma perspectiva histórico-crítica. São Paulo: Editora Dandara, 2021.
OLIVEIRA, Eduardo de Oliveira e. O mulato, um obstáculo epistemológico. Argumento, n. 3, p. 65-73, 1974.
TELLES, Edward; SILVA, Graziella Moraes Dias da. Pigmentocracias: etnicidade, raça e cor na América Latina. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2021.
PRADO JR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo: colônia. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (org.). Epistemologias do sul. Coimbra: Edições Almedina, AS, 2009. p. 73-117. ISBN 978-972-40-3738-7.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 3. ed. São Paulo: Global, 2015.
RIBEIRO, Djamila. O que é: lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificado, 2017. 112 p.
ROBINSON, Cedric J. Marxismo negro: a criação da tradição radical negra. São Paulo: Perspectiva, 2023.
SEGATO, Rita. Crítica da colonialidade em oito ensaios: e uma antropologia por demanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto, nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
TAVARES, Maria da Conceição. Maria da Conceição Tavares: vida, ideias, teorias e políticas. São Paulo: Fundação Perseu Abramo / Expressão popular, 2019. 334 p.
THEODORO, Mário. A sociedade desigual: racismo e branquitude na formação do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.
WEST, Cornel. Questão de raça. 2. ed. São Paulo: Companhia de Bolso, 2021.
WILLIAMS, Raymond. Cultura e materialismo. São Paulo: Editora Unesp, 2011. 420 p.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Erykah Rodrigues dos Santos Iturriet, Rafael Cardiano

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O(s) autor(es) esta(ão) de acordo que o conteúdo do trabalho aprovado para publicação na Revista Libertas são de responsabilidade exclusiva do(s) mesmo(s) e que o uso de qualquer marca registrada ou direito autoral no artigo foi creditado ao(s) autor(es) ou a permissão para uso do nome.
O(s) autor(es) tem (têm) ciência de que a revista se reserva o direito de efetuar alterações nos originais apenas de ordem normativa, ortográfica e gramatical com vistas a manter o padrão da língua e a padronização de layout, respeitando, contudo, o estilo dos autores. A aprovação final pelo(s) autor(es) fica condicionada ao aceite dos termos desta declaração e validação da versão final do artigo.
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta Revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública.

