Exploração e jornada de trabalho em Marx: mais-valia como noção de mais-tempo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1980-8518.2024.v24.45899

Palavras-chave:

Capital, Tecnologia, Exploração

Resumo

A estrutura exploradora do modo de produção capitalista é um elemento essencial para se pensar sobre a realidade social e, embora não seja restrita à essa sociabilidade, ela adquire traços particulares sob a direção do capital. Em busca de valorização, o capital altera a dinâmica da produtividade do trabalho social mediante a introdução da tecnologia na esfera da produção e ocasiona, de forma espetacular e inédita, a exponenciação da exploração a partir do controle do tempo. Este artigo, elaborado por meio de revisão de literatura essencialmente no universo marxiano, se propõe a entender a extração da mais-valia a partir da noção de mais-tempo e considerando o uso capitalista das inovações tecnológicas. O que se pode destacar é que a tecnologia é capaz de acelerar o tempo de rotação do capital, propiciar maior campo humano explorável e aprofundar a relação capital enquanto relação social de produção.

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Biografia do Autor

Silvio Aparecido Redon, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutor em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina. Assistente social da Prefeitura Municipal de Cambé.

Eliane Christine Santos de Campos, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Docente do departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2024-12-30