A perspectiva autogestionária no Minha Casa Minha Vida Entidades e a participação popular
DOI:
https://doi.org/10.34019/1980-8518.2024.v24.45787Palavras-chave:
Lutas por moradia, MCMV Entidades, Autogestão, Política de habitação, Serviço SocialResumo
O presente artigo busca refletir sobre as lutas por moradia e autogestão no Rio de Janeiro, a partir do programa Minha Casa Minha Vida Entidades (MCMV-Entidades). O objetivo é, partindo das perspectivas do direito à cidade e moradia sob a lógica autogestionária, refletir sobre as possibilidades de participação popular a partir desta vertente do programa federal. Neste sentido, considerando a crise do capital e os compromissos ético-políticos do Serviço Social, está proposta uma análise sobre seus limites e possibilidades de contribuições para a construção de cidades mais justas e democráticas. O artigo foi construído a partir de dados e reflexões oriundos de pesquisas bibliográficas e de campo – qualitativas – realizadas pela autora em âmbito de doutorado e pós-doutorado.
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