Para uma crítica à “Sociedade de consumo” e ao fim da transcendência da alienação em Jean Baudrillard
DOI:
https://doi.org/10.34019/1980-8518.2024.v24.43503Palavras-chave:
Marxismo, Capitalismo, Sociedade de Consumo, Mercadoria, AlienaçãoResumo
O artigo analisa criticamente a obra “A sociedade de consumo”, de Jean Baudrillard, polemizando contra as teses do autor sobre a natureza, as raízes e imbricações do consumo no capitalismo da segunda metade do século XX. Nesse âmbito, busca retomar teses e argumentos clássicos do marxismo, sustentando a impropriedade das cisões entre as formas do consumo e as formas da atividade, da produção e da sociabilidade matrizadoras e preponderantes das interações entre complexos parciais da totalidade econômica. Assim, a análise de Marx do fetiche da mercadoria é ininteligível sem a consideração da produção mercantil e da sua especificidade capitalista, tampouco a categoria da alienação e a consideração das suas condições de possibilidade de suprassunção podem ser consideradas suficientemente, se forem desvinculadas de suas formas internas, ativas, prático-sensíveis e sociais.
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Referências
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