Serviço Social e a temática família
renovação e conservadorismo na produção do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.34019/1980-8518.2020.v20.32043Palavras-chave:
família; conservadorismo; serviço social; ENPESSResumo
O artigo apresenta a dialética renovação/conservadorismo na produção teórica e no trabalho profissional com famílias a partir de duas frentes: a) a recuperação histórica de três momentos da profissão (gênese/renovação/aproximação com o marxismo) e sua relação com a temática família; b) a compreensão de família apresentada por assistentes sociais em artigos publicados nos Encontros Nacionais de Pesquisadores em Serviço Social (ENPESS) entre 2004 e 2012. Por meio de uma pesquisa documental, com análise de conteúdo, busca-se decifrar os elementos históricos que se reatualizam, no presente, ou que são fontes de rupturas. Conclui-se que, diante da persistência de perspectivas conservadoras, na contramão da direção assumida há mais de 40 anos pela profissão, impõe-se, como urgente, a produção crítica do conhecimento sobre família.
Downloads
Referências
__________. Ministério da Previdência e Assistência Social. Norma Operacional Básica da Assistência Social/NOB-AS. Brasília: MPAS/SAS, 2005.
CARLI, R. Fenomenologia e Questão Social: Limites de uma filosofia. 1ª ed. Campinas, SP: Papel Social, 2013.
CONSELHO, Federal de Serviço Social. Serviço Social e Reflexões Críticas sobre Práticas Terapêuticas. 2010.
FÉRES-CARNEIRO, T. Terapia familiar: das divergências às possibilidades de articulação dos diferentes enfoques. Psicologia: Ciência e Profissão, n.16, p.38-42. 1996.
GUERRA, Y. A instrumentalidade do Serviço Social. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2014.
________. Consolidar Avanços, Superar Limites e Enfrentar Desafios: os Fundamentos de uma Formação Profissional Crítica. In: Serviço Social e seus Fundamentos: Conhecimento e Crítica. Guerra, Yolanda (org.). Campinas, Papel Social, 2018. P.25-46.
IAMAMOTO, M. V; CARVALHO, R. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 10. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
________. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social – Ensaios Críticos. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
________. 40 anos da “virada” do Serviço Social no Brasil: história, atualidade e desafios. Revista Libertas, Juiz de Fora, v. 20, n.1, p.1 a 20, jan./jun. 2020. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/30303/20727. Acesso em:03/08/2020.
JORGE, C.F. A construção teórica das relações entre família e Serviço Social Brasileiro no contexto dos diferentes projetos societários. Dissertação do PPGSS/ PUC/SP. São Paulo, 2009, 103p.
KOFLER, L. História e Dialética – estudos sobre a metodologia da dialética marxista. Tradução de José Paulo Netto. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2010.
LÚKÁCS, G. Marx e o problema da decadência ideológica da burguesia. Anuário Lukács 2015. Miguel Vedda, Gilmaisa Costa, Norma Alcântara. São Paulo: Instituto Lukács, 2015.
MÉSZÁROS, I. Para além do Capital. São Paulo: Boitempo Editorial. 2002.
MINUCHIN. S. Famílias: funcionamento & tratamento. Porto Alegre, Artes Médicas, 1982.
MIOTO, R. C. T. Trabalho com Famílias: um desafio para os Assistentes Sociais. Revista Textos & Contextos, nº 3, ano III, dez. 2004.
________ Família, trabalho com famílias e Serviço Social. Serviço Social em Revista. Londrina, PR. vol. 12, nº.2, 2010.
NETTO, J. P. Transformações societárias e Serviço Social – Notas para uma análise prospectiva da profissão no Brasil. Revista Serviço Social e Sociedade, n º50, ano XVII, abril de 1996.
________. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 8. Ed. Cortez, 2011.
________ Ditadura e Serviço Social: uma análise do serviço social no Brasil pós 64. 17. ed. São Paulo: Cortez. 2015.
________ Marxismo e Família – Notas para uma discussão. In: AZEVEDO, M. A; GUERRA, V. N. (Orgs.). Infância e violência doméstica: fronteiras do conhecimento. 4. ed. São Paulo: Cortez. 2005.
SILVA, L. M. M. R. Serviço Social e Família: a legitimação de uma ideologia. São Paulo: Cortez. 2. Ed, 1982.
SILVEIRA JUNIOR, A. A. A assistência social e as ideologias do social-liberalismo: tendências político-pedagógicas para a formação dos trabalhadores do SUAS. Tese (Doutorado em Serviço Social) UFPE. 2016.
SOUZA, J. M. A. O sincretismo no Serviço Social: uma abordagem ontológica. In: MOTA, A. E; AMARAL, A. (org.) Cenários, contradições e pelejas do Serviço Social brasileiro. São Paulo: Cortez, 2016.
YAZBEK, C. Prefácio. Serviço Social no Brasil: história de resistências e de ruptura com o conservadorismo. Maria Liduína de Oliveira e Silva (org.). São Paulo. Cortez, 2016.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Claudio Henrique Miranda Horst (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O(s) autor(es) esta(ão) de acordo que o conteúdo do trabalho aprovado para publicação na Revista Libertas são de responsabilidade exclusiva do(s) mesmo(s) e que o uso de qualquer marca registrada ou direito autoral no artigo foi creditado ao(s) autor(es) ou a permissão para uso do nome.
O(s) autor(es) tem (têm) ciência de que a revista se reserva o direito de efetuar alterações nos originais apenas de ordem normativa, ortográfica e gramatical com vistas a manter o padrão da língua e a padronização de layout, respeitando, contudo, o estilo dos autores. A aprovação final pelo(s) autor(es) fica condicionada ao aceite dos termos desta declaração e validação da versão final do artigo.
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta Revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública.