Ofensiva conservadora na educação superior e os desafios à formação em Serviço Social no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.34019/1980-8518.2020.v20.30338Palavras-chave:
Serviço Social. Educação Superior. Mercantilização. Financeirização. Conservadorismo.Resumo
O artigo problematiza a contrarreforma da educação superior no Brasil e o seu alvo de mudança estrutural e conceitual de universidade. Objetiva contribuir com o debate crítico-analítico sobre o projeto de formação profissional propugnado nas Diretrizes Curriculares Nacionais de 1996 e a configuração do Serviço Social como área de conhecimento e avanço qualitativo inserido no contexto contraditório da Universidade. A proposta de discussão advém da hipótese de que a expansão dos cursos de Serviço Social sob a lógica privatista mercantil, com forte apelo aos valores do neoconservadorismo, é uma tendência incompatível e antípoda dos princípios, diretrizes, núcleos de fundamentação e conteúdos postulados nas Diretrizes Curriculares Nacionais de 1996.
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