QUALIDADE DA DIETA DE ESTUDANTES DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA

Autores

  • Romário Costa Fochat Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Santiago Tavares Paes Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Nádia Rezende Barbosa Raposo Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Elizabeth Lemos Chicourel Universidade Federal de Juiz de Fora

Palavras-chave:

Estudantes de ciências da saúde, Consumo de alimentos, Registros de dieta, Proteínas na dieta, Cálcio na dieta.

Resumo

O objetivo desse estudo transversal foi avaliar as dietas de acadêmicos de uma universidade pública brasileira quanto à adequação energética, ao consumo de macro e micronutrientes e de fibras alimentares. A pesquisa foi realizada de março/2010 a dezembro/2011, utilizando-se o Registro Alimentar de três dias e o software Dietpro5i para a coleta e a determinação da composição das dietas, respectivamente. O estudo envolveu 278 indivíduos distribuídos em quatro grupos: Educação Física/feminino (n=66), Educação Física/masculino (n=69), Farmácia/feminino (n=79) e Farmácia/masculino (n=64). Realizou-se estatística descritiva e ANOVA/post hoc de Tukey (SPSS vs.14.0). Em todos os grupos, observou-se uma dieta hiperenergética, hiperproteica, hiperglicídica, adequada quanto à contribuição calórica dos macronutrientes e em ferro e deficiente em cálcio e fibras alimentares. Observou-se que 39,3% de todos os indivíduos apresentaram consumo insuficiente de zinco. Comparando estatisticamente os grupos, destaca-se que o maior consumo energético médio pertence ao grupo Educação Física/masculino (3.760,3±686,6 kcal/dia; p<0,002 para todos os grupos), sendo que 53,1% deles realizavam uma dieta hipercalórica. Este grupo também apresentou o maior consumo médio de proteínas (1,7±0,7 g/kg/dia), carboidratos (358,8±91,4 g/dia), ferro (13,9±4,5 mg/dia) (p<0,05 para esses componentes de todos os grupos) e zinco (12,1±5,3 mg/dia; p=0,004 para Farmácia/masculino). Do grupo Farmácia/feminino, observou-se o menor consumo médio de cálcio (601,1±227,0 mg/dia; p<0,022 para homens de ambos os cursos), enquanto o grupo Farmácia/masculino apresentou o maior percentual de indivíduos com dieta deficiente em fibras alimentares (85,8%; p=0,022 para Farmácia/feminino). Essas constatações sinalizam algumas inadequações alimentares, as quais podem constituir um fator de risco, a longo prazo, para a saúde dessa população.

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Biografia do Autor

Romário Costa Fochat, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduando de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora - NUPICS.

Santiago Tavares Paes, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Nádia Rezende Barbosa Raposo, Universidade Federal de Juiz de Fora

Faculdade de Farmácia - Departamento de Ciências Farmacêuticas - Área de Toxicologia - NUPICS.

Elizabeth Lemos Chicourel, Universidade Federal de Juiz de Fora

Faculdade de Farmácia - Departamento de Ciências Farmacêuticas - Área de Ciências dos Alimentos - Nutrição Humana - Saúde Coletiva - NUPICS.

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Publicado

2016-10-17

Edição

Seção

Artigos Originais

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