Manejo da dor osteoarticular com infiltração intra-articular na Atenção Primária
Palabras clave:
Dor crônica, Manejo da dor, Dor articularResumen
A dor crônica articular é queixa comum na Atenção Primária à Saúde (APS) e frequentemente está associada aos danos de origem mecânica, podendo acometer pacientes de todas as idades. Como opções de tratamento, encontram-se medidas farmacológicas e não farmacológicas, com eficácias distintas. Diante dos inúmeros efeitos colaterais de anti-inflamatórios e analgésicos sistêmicos, principalmente em idosos (população frequentemente acometida por dor crônica articular), objetiva-se, neste estudo, avaliar a competência do médico de família em manejar a infiltração intra-articular com corticoides e analgésicos no alívio da dor dos pacientes atendidos na APS. Para melhor compreensão do tema exposto, foi realizado um relato de experiência demonstrando o benefício do uso da infiltração intra-articular para controle da dor no âmbito do médico de família. Quanto ao caso, paciente L.M, masculino, 59 anos, com múltiplas comorbidades, polifarmácia, queixa-se de ombralgia à direita há 8 dias, apresentando dificuldade para realizar suas atividades diárias. Ao exame físico: dor à palpação de ombro direito e limitação a elevação; testes: Jobe, Neer e Gerber positivos. Foi prescrito anti-inflamatório e analgésico para uso domiciliar e solicitado exames de imagem. No retorno, apresenta raio-x de ombro sem alteração de estrutura óssea e ultrassonografia, evidenciando tendinopatia de porção longa do bíceps e de supraespinhal. Optou-se por infiltração intra-articular e, previamente ao procedimento, apresentava dor e limitação de movimento no ombro. Foi realizado procedimento com metilprednisolona, sem intercorrências. Após uma semana, apresenta ao exame físico, melhora da amplitude de movimento do braço direito, sem presença de equimose ou dor à palpação de ombro. Devido à alta prevalência de dor articular e o perfil de pacientes com idade avançada e/ou múltiplas comorbidades na APS, é de grande importância ao médico de família conhecer e aplicar diferentes medidas terapêuticas, levando-se em consideração as particularidades de cada indivíduo.