Favelas que (se) contam:

a produção de dados como ferramenta política

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DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2024.v19.43442

Resumo

Esta pesquisa abarca a relação entre a produção de dados e os territórios periféricos. Visto que nas duas últimas décadas, coletivos de favelas e periferias estão se mobilizando de maneira crescente para produzir dados evidenciando sua centralidade nos repertórios de ação destes territórios. Com base nos estudos sociais da quantificação, os métodos estatísticos vão além de contar, mensurar e descrever questões sociais, são também uma forma de constituir a vida social e política. Mas de que forma isso atravessa as favelas do Rio de Janeiro? Buscando responder essa questão será apresentado uma análise das experiências vividas em torno da produção de dados no Complexo da Maré e no Jacarezinho. A partir da análise desse cenário, concluo que a produção de dados na favela não se trata apenas de uma mobilização da operacionalidade estatística e/ou acadêmica, mas é também uma ferramenta política para pautar suas demandas e construir uma imagem desprendida das narrativas negativas historicamente atribuídas às favelas e aos seus habitantes.

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Biografia do Autor

Thaís Gonçalves Cruz, Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ)

Mestre e doutoranda em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ). Assistente de pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), no projeto O Panóptico. Pesquisadora do BONDE (IESP/UERJ). Bacharel em Defesa e Gestão Estratégica Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Publicado

2024-09-26