Des(enquadramentos) dos conflitos armados em favelas do Rio de Janeiro:

quando os trabalhadores do SUS movimentam o cuidado e suas ações para o lugar de moradia das populações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2024.v19.43391

Resumo

O artigo apresenta parte dos resultados de pesquisa desenvolvida com trabalhadores da atenção básica (AB) que atuam em territórios de favelas da cidade do Rio de Janeiro e vivenciam em seu cotidiano a violência armada. Nesse texto, abordaremos dois dos aspectos analisados na pesquisa, sendo eles: 1.O Acesso Mais Seguro (AMS) como estratégia cínica de proteção e viabilidade de acesso aos equipamentos de saúde da AB; 2. As ‘Vidas Precarizadas’ e os múltiplos processos que mantém as desigualdades entre a população gerando adoecimentos e mortes não enlutadas. Esses pontos emergiram de entrevistas semiestruturadas realizadas com os trabalhadores no período de novembro de 2022 a março de 2023. Os testemunhos e reflexões dos entrevistados estiveram em diálogo com a experiência de trabalho e pesquisa das autoras. Acreditamos que os resultados são capazes de deslocar a moldura da discussão de violência dos conflitos armados territoriais nas favelas ao evidenciar que vidas não estão sendo salvas- como justificam a segurança pública nesses territórios- mas sim sendo precarizadas, gerando sofrimento mental e mortes não enlutadas.

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Publicado

2024-09-26