Glauber Rocha e o Movimento Cinema Novo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2022.v17.38489

Resumen

Em 1936, o filósofo alemão, um dos fundadores da escola de Frankfurt ou da chamada Teoria Crítica, de orientação marxista, Walter Benjamin, estudando as relações entre arte e sociedade na era das reproduções técnicas, ressaltava a função revolucionaria do cinema – onde a técnica e a arte se encontravam de maneira positiva – na sua relação com as massas. Do final da década de 1950 à década de 1980, Glauber Rocha, inspirado no movimento cinematográfico neo-realista italiano, e outros movimentos vanguardistas surgidos na Europa pós-guerra, abraça a técnica cinematográfica como meio para refletir e possivelmente transformar as relações de poder e, conseqüentemente, a realidade sócio-política nos países colonizados da América Latina. Herdeiro-participante dos movimentos sociais dos anos 1960 e líder do movimento Cinema Novo, Glauber Rocha pretendia utilizar a arte cinematográfica como objeto de reflexão e transformação social, ou como instrumento de prática “política” no campo cultural. Assim, este artigo procura analisar a revolução feita pelo Cinema Novo como um movimento sociocultural que buscou um novo modo de produção cinematográfica, em oposição ao modelo hollywoodiano dominante.

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Biografía del autor/a

Irma Maria Viana da Silva, Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós-Graduação em ciências Sociais

Professora Colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA (http://www.ppgcs.ufba.br). Pós-Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFBA com bolsa FAPESB/CAPES (2014-2016). Doutora pelo Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade da FACOM - Universidade Federal da Bahia (2013) com Bolsa CAPES e Estágio Doutoral na Universidade de Roma La Sapienza com Bolsa Sandwish CAPES. Graduação em Ciências Sociais, com concentração em Antropologia, pela Universidade Federal da Bahia (1992), Mestrado em Antropologia Social no Museu Nacional - Universidade Federal do Rio de Janeiro com Bolsa CAPES (1996-1998, sem defesa) e Mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia (2004). Áreas de atuação: Sociologia da Arte, Teoria Social Clássica, Teoria Social Contemporânea, Teoria Política, Teoria Antropológica,Teoria Estética, Estudos Culturais, Teoria Literária, Teoria do Cinema, Intelectual, Política, Glauber Rocha, Literatura Brasileira, Guimarães Rosa, Discursos da Nacionalidade, Sociologia da Doença Mental. Pesquisadora no Grupo Espetáculos Culturais e Sociedade (ECUS) da Universidade Federal da Bahia. [ irmaviana537@gmail.com ]

Publicado

2022-11-08