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Religião e política:

a bandeira da “luta contra o infanticídio indígena” e o controle de corpos de mulheres e crianças indígenas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2021.v16.30771

Resumen

O chamado “infanticídio indígena” é uma expressão sustentada no Brasil por atores vinculados a setores evangélicos e conservadores. Esta expressão foi lançada por esses sujeitos ao campo da política institucional. Assim, deputados, senadores e ministros defendem que o “infanticídio” se refere a uma prática corrente e indiscriminada existente entre povos indígenas no Brasil. De acordo com essa perspectiva, o “infanticídio” atenta contra o direito à vida – pilar dos Direitos Humanos – e deve ser amplamente coibido pelo Estado. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 119/2015, que trata sobre a existência e a erradicação do “infanticídio indígena”, se revela nesse contexto como uma ferramenta política de controle sobre os corpos de mulheres e crianças indígenas, uma vez que legitima a retirada de crianças de seus contextos de origem sob a justificativa da vulnerabilidade e do risco de morte intencional. Este artigo discute o chamado “infanticídio indígena” e apresenta ao leitor o conjunto de atores responsáveis pela criação e sustentação do movimento que prevê o seu combate. Seus principais objetivos são explicitar as relações entre religião e política existentes no movimento e refletir sobre os modos como ele se desdobra em uma tecnologia de controle de corpos por parte do Estado.

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Publicado

2021-07-05

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