Entre a formação e a prática: o caso dos vigilantes patrimoniais na saúde

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DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2020.v15.26500

Resumo

As instituições de saúde contam com o trabalho de vigilantes patrimoniais. Ali, eles atuam para além das atividades normatizadas da categoria. Sua formação não abrange as especificidades e os desafios enfrentados no cotidiano laboral. Este artigo aborda os nexos entre a formação técnica e o trabalho desses profissionais, com base em pesquisa sobre as leis que regem seu trabalho, e em entrevistas com onze vigilantes patrimoniais que atuam em cinco instituições de saúde. A investigação contou também com análise de notícias veiculadas na mídia. Os entrevistados foram selecionados por indicações, o que permitiu ampla apreensão da realidade do trabalho em unidades de saúde, em diferentes níveis de complexidade. A formação oficial do vigilante patrimonial conta com um curso de formação e reciclagem a cada dois anos. A pesquisa evidenciou que esses cursos oferecem escassa informação sobre a atuação na saúde. Em geral, o aprendizado ocorre informalmente, com a observação do desempenho de colegas, das orientações do supervisor e de profissionais da saúde. A investigação demonstrou que os vigilantes em unidades de saúde efetuam um número expressivo de tarefas não normatizadas para sua profissão, como triagem, transporte de pacientes e contenção de doentes e familiares, para as quais não receberam orientação.

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Biografia do Autor

Priscila Cassemiro, IESC/UFRJ

Psicóloga, Mestre em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ)

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Publicado

2020-04-15