O que as redes contam sobre nós?

Um estudo autoetnográfico da representação de si no Instagram

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2022.v17.38090

Resumo

A escolha de uma autoetnografia visual para investigar as relações de gênero a partir das redes sociais é uma proposta ousada que pode abrir discussões sobre a nossa atualidade, tais como: as relações de gênero; a construção da imagem da mulher na cibercultura. Neste artigo, nos propomos a analisar, a partir da autoetnografia, a nossa representação enquanto mulheres na rede social Instagram. Para isso, nos baseamos nos estudos de Reed-Danahay (1997), Pelias (2007), Holt (2003), Chang (2008), Lakoff (2008), Goffman (1975), Levy (2003), entre outros para discutirmos questões inerentes a construção da identidade feminina nas redes, e para isso partimos do pressuposto que o perfil nesta rede social atua como um diário de campo, facilitando o processo empático entre o olhar das pesquisadoras e a suas próprias histórias representadas. No processo de autorreflexão, observamos que as maneiras pelas quais decidimos nos representar silenciam a nossa imagem, e deixamos outros protagonistas ocuparem a cena representada. Esse movimento, a nosso ver, pode ser sintomático de uma cultura pela qual o estereotipo de beleza feminina está atrelado a corpos magros e brancos. Assim, por receio do silenciamento, preferimos nos representar não nos apresentando diretamente, mas mostrando nosso trabalho, filhos e coisas que apreciamos.

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Biografia do Autor

Fernanda Cunha Oliveira, Universidade Federal do Ceará

Fernanda Oliveira é fotógrafa e pesquisadora. Coordenadora do Museu da Fotografia Fortaleza MFF 2017/2019. Mestra em Comunicação e Linguagens - linha Fotografia e Audiovisual pela Universidade Federal do Ceará UFC (2012) e Especialista em Teorias da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (2008). Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade de Fortaleza (2005) ; Professora Universitária - no curso de Comunicação (Jornalismo; Publicidade e Propaganda) e no curso de Design do Centro Universitário Estácio do Ceará (2008-2017). Foi conteudista do plano nacional para banco de dados da Estácio. Professora convidada da UFC Universidade Federal do Ceará no curso de Jornalismo Comunicação (2018). Professora convidada na disciplina "Projetos em Audiovisual" no curso de Pós-graduação da na Instituição de Ensino Superior Ratio (2019). Graduanda em Psicologia (Universidade UNIFAMETRO/2022). Coordenadora de memória do Fórum da Fotografia Cearense e durante 3 anos assumiu a diretoria Executiva do IFOTO Instituto de Fotografia de Fortaleza. Como jornalista, Fernanda Oliveira foi repórter fotográfica do Jornal Diário do Nordeste. Realizou, ainda, diversos trabalhos institucionais e documentais para organizações não-governamentais e outras empresas na área de fotografia e também na área de assessoria de comunição. Fernanda vem desenvolvendo outros projetos de experimentação estética e documental como: "Mulheres Líderes no Sertão Central do Ceará"; "Santa Terezinha - o morro de uma cidade" e "As Cores Violetas", os quais fora agraciada com seis prêmios e publicação de livros dos mesmos. Com o projeto "Sereias Mulheres do Mar" participou do prêmio internacional Latino Americano de fotografia na Colômbia 2013. Fernanda teve os seus projetos expostos nos principais festivais de fotografia brasileiros como Fotoarte Brasília 2007 (Mulheres Líderes), FestfotoPOA 2010 (Sta Terezinha: o Morro de uma cidade; e o projeto As Cores Violetas), Paraty em Foco 2011 (As Cores Violetas), Paraty em Foco 2013 (Nos Caminhos da Caravana Farkas) e Prêmio Chico Albuquerque de Fotografia 2014 e Editais de Arte do Centro Cultural dos Correios 2015 com o projeto "Sereias: Mulheres do Mar". Finalista no Prêmio Marc Ferrez de Fotografia 2014. Expôs ainda no ano de 2016 no Centro de Artes da UFF Universidade Federal Fluminense no Rio de Janeiro onde também realizou Workshop sobre Projeto Fotográfico no mesmo período. Expôs em dezembro de 2015 na Galícia ? Espanha com o Projeto Nos Caminhos da Caravana Farkas dentro do Festival ?Encontros da Imagem?. Participou do 3 Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres compondo mesa pelo Ministério de Educação, Ministério da Ciência e Tecnologia, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (2008). Ministrou Workshop de Documentário Imaginário na galeria Imagem Brasil (Fortaleza CE) e na mostra paralela do Festival Outono Fotográfico 2016 na Espanha no Festival Território Expandido e na Imagem Brasil Fortaleza CE dentro do Encontros da Imagem 2016 e também na Galeria Imagem Brasil (Fortaleza CE). Esteve compondo a mesa para a palestra de "Fotografia e Feminino" no Golpe de Vista no Centro Cultural Dragão do Mar e compôs a mesa do evento "Novos Olhares na Fotografia Contemporânea" no Centro Cultural Banco do Nordeste. Tem duas obras na coleção do Museu da Fotografia Fortaleza MFF - Santa Terezinha "O Morro de Uma Cidade"e "Essa Cidade". Teve ensaios fotográficos publicados na Olho de Peixe IX Bienal Internacional de Dança do Ceará 2013 e Revista Vida Simples 2016. Artigos acadêmicos publicados na Revista Discursos Fotográficos da Universidade Estadual de Londrina UEL. Participou de Congressos Nacionais e Internacionais na área de Comunicação. Exposição fotográfica individual e coletiva (2022)

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Publicado

2022-12-23