Matemática dos afetos, dissensos e sentidos sociais acerca das noções de "monogamia" e "não-monogamia"

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DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2021.v16.34430

Resumo

Em 18 de maio de 2021, dois dias após a morte do cantor MC Kevin, a Dra. em
Educação, Marília Moschkovich, compartilhou pelo Twitter uma notícia do jornal “O Fórum”
com as últimas apurações sobre o caso e atribuiu ao sistema monogâmico parte da culpa pelo ocorrido. Seu comentário foi alvo de deboche nas mais diversas plataformas de redes sociais e evidenciou um “desentendimento” (RANCIÈRE, 1996) acerca do assunto. Este artigo parte das críticas feitas à Marília para apresentar os modos como a definição de “monogamia” tem sido pensada pelos integrantes dos próprios movimentos não-monogâmicos no Brasil. Na primeira parte do texto, discorro sobre a minha vinculação enquanto pessoa poliamorista às comunidades não-monogâmicas presentes na plataforma do Facebook. Em seguida, apresento a ideia de “monogamia compulsória” para pensar o debate trazido por Marília e também para apresentar as divergências existentes entre os participantes desses movimentos. Por fim, analiso alguns dados iniciais derivados da minha pesquisa atual de mestrado que versa sobre a busca de um novo amor por casais não-monogâmicos através do Facebook e do Scruff a fim de discutir o então chamado “poliamor neoliberal”.

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Publicado

2021-12-22 — Atualizado em 2022-06-02

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