Epistemologias marginais – pensando o fazer antropológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2023.v18.41951

Resumo

O artigo apresenta uma análise dos intercruzamentos de métodos de pesquisa nas Ciências Sociais, especialmente no campo antropológico. Busca-se compreender como o cruzamento epistemológico pode contribuir para pensarmos as estruturas em que ancora as antropologias no Brasil e validar métodos considerados menos científicos por visibilizar a história da parcela subalternizada da sociedade a partir do reconhecimento das epistemes contidas nas suas trajetórias. Assim, é preciso entender que as mudanças estabelecidas em nível textual não garantem um aprofundamento em política e em epistemologia, e que para isto é necessário que a crítica antropológica ultrapasse os limites entre a crítica dos antigos escritos antropológicos e a aplicação das suas “leis”, e os metateóricos (como são chamados os  teóricos produtores desta crítica) comecem a produção de epistemes que circulem sobre e dentro da margem, onde ficaram relegadas as vozes dos contribuintes das pesquisas nas Ciências Sociais. Por fim, cabe-nos refletir sobre métodos de pesquisa, como a Escrevivência, que deem notoriedade aos que sempre estiveram presentes nas pesquisas, mas somente no papel de objeto, é descolonizar os espaços acadêmicos para além dos discursos de reconhecimento científico das vivências desses sujeitos, saindo do campo do discurso e atuando na prática.

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Biografia do Autor

Luciméa Santos Lima, Universidade Federal da Bahia

Bolsista Capes de Pós-Doutorado pela Universidade Federal do Norte do Tocantins (2023).
Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2014), Mestre em
Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (2017), Doutora em Estudos
Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (2022). Atualmente estuda trajetórias de
jovens meninas e meninos negros em escolas de Campo bem como questões de raça, gênero e
sexualidade no contexto da Educação do Campo.

Maria Zilma, Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT)

Mestranda em Estudos de cultura e Território na Universidade Federal do Norte do Tocantins.
Possui graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia – Docência Séries Iniciais pela
Universidade Estadual do Tocantins (1999). Pós-Graduada em Administração e Supervisão Escolar
pelas Faculdades Integradas de Amparo – FIA (2001). Atualmente é professora de Atendimento
Educacional Especializado do Governo do Estado de Tocantins. Tem experiência na área de
Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem e Educação Inclusiva.

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Publicado

2023-12-20