O/A pesquisador/a e a pesquisa antropológica:
duas experiências do fazer etnográfico e suas transformações em meio a pandemia.
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2023.v18.37114Resumo
De um modo geral, as ciências sociais vivem o dom da eterna juventude. Isso porque seus métodos e teorias são sempre conectados à sociedade de tal forma que qualquer mudança faz com que os pesquisadores sejam forçados a repensar suas posições. Neste sentido, a transformação social desencadeada com o advento da pandemia do novo coronavírus relegou os mais experimentados na área a reconfigurar o modo de fazer a pesquisa. Na antropologia não seria diferente. Destarte, este texto tem como objetivo trazer à tona a experiência subjetiva de dois pesquisadores que, durante o período pandêmico, optaram por realizar etnografias. É preciso salientar que uma dessas pesquisas foi feita com indivíduos em suas redes de relações contemporâneas, no tempo presente; ao passo que a segunda é uma construção de uma etnografia documental. Acredita-se que, embora haja diferenças, as duas experiências subjetivas trazem consigo formas inovadoras e adaptadas ao novo cenário da pesquisa em ciências sociais.