O Alter Como Anti-Ego:
antropologias à esquerda.
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2023.v18.35337Resumo
Resumo
O presente trabalho tem por razão apresentar alguns autores, a saber, Archie Mafeje, Isabelle Stengers (e Philippe Pignarre) e Eduardo Viveiros de Castro, partindo de uma postura crítica ao modelo ontológico e epistemológico euroamericano, capitalista, e possíveis formas de fuga através do olhar atencioso ao alter, seus conceitos e desestabilizações que nos convidam a pensar novas possibilidades de pensamento, como nos adverte Viveiros de Castro (2015). Tendo o conceito de “esquerda” a partir da obra de Gilles Deleuze como pano de fundo inspirador, adota-se aqui a alcunha “à esquerda” para designar tanto a orientação potencialmente política das obras analisadas, como suas ferramentas de fuga e contraposição ao modelo capitalista. Trata-se, então, da construção de leituras e análises que permitam tornar evidentes as possíveis contribuições políticas que a antropologia pode sugerir e, indo além, pensar este campo de pesquisa como fundado em bases de alteridade à esquerda por seus próprios princípios.
Palavras-chave: Antropologia; Esquerda; Ontologias.