“Ningunx de nosotrxs pertenece a este lugar:
la edición de publicaciones como autoorganización para la defensa y promoción de los derechos humanos en centros universitarios en contextos de encierro
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2021.v16.33472Resumo
As práticas culturais e de comunicação autogeridas desenvolvidas nas prisões têm o potencial de reduzir e reparar os danos causados pelo confinamento. Nele, diversos programas universitários enfrentam as características de um modelo prisional neoliberal que dessubjetiviza e silencia, como parte de um sistema penal que constrói inimigos, questionando o projeto de ressocialização da prisão.
As publicações editadas no âmbito destes programas servem como memória de uma prática de organização e comunicação coletiva, preservando as formas como os alunos privados de liberdade enfrentam a lógica de recompensas e punições com que rege o sistema prisional, impondo condições de sobrevivência como um privilégio individual e, portanto, perfura o paradigma dos direitos humanos. Ao preservar e divulgar as estratégias organizacionais e comunicacionais de grupos de pessoas privadas de liberdade, essas publicações também possibilitam a continuidade e multiplicação de práticas no mesmo sentido.
Propomos desenvolver essas hipóteses por meio da narração de cenas pedagógicas ocorridas durante o ditado da Oficina de Edição Coletiva, curso extracurricular que apóia atividades em três presídios federais da Argentina desde 2008, como parte do Programa de Extensão em Cárceles (FFyL, UBA).