Eu sou mais indie que você! As disputas do indie rock para se afirmar como rock autêntico

Autores

  • Nadja Vladi Gumes Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2018.v13.13904

Resumo

Este artigo é um recorte da minha tese de doutorado que teve como proposta desenvolver um modelo compreensivo para análise dos processos de classificação que envolvem práticas musicais. Partindo da autonomeação de críticos e fãs de rock, que assumem suas práticas como pertencentes ao gênero indie rock, o texto aborda os sistemas classificatórios do mundo da música como um complexo processo de comunicação que serve de base para a partilha de experiências musicais, valores ideológicos, lógicas comerciais e partilhas sociais presentes na produção, no consumo e na circulação dos produtos midiáticos. Assim, procura-se observar como o gênero cultural indie rockconfigura tensões, disputas e negociações que envolvem as inter-relações entre autonomia criativa e estratégias de mercado dentro da indústria da música. Questões como circular em selos independentes, estar fora de programas de televisão, usar a internet, não fazer parte domainstream, gravações com a poética dehome studio, uso de muitas guitarras, de vocais suaves, de letras mais existencialistas, do hibridismo musical, do minimalismo, das distorções, da autonomia criativa, da originalidade são algumas marcas que fazem com que esta comunidade perceba e identifique determinadas sonoridades como indierock

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Biografia do Autor

Nadja Vladi Gumes, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Nadja Vladi Gumes é professora adjunta do Centro de Cultural, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da UFRB e docente permanente do PPGCOM/UFRB.

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Publicado

2018-12-20