Tornar-se esposa, fazer-se mulher: o casamento estabelecendo gênero nas relações conjugais de mulheres trans/travestis

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DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2018.v13.12401

Resumo

O relacionamento amoroso de duas mulheres trans/travesti com seus respectivos parceiros é o mote central deste artigo para discutirmos gênero e conjugalidade. A particularidade dos casos que trago se impõe no fato de que os cônjuges não as assumem publicamente, dando, portanto, um caráter subterrâneo a seus amores. Outro ponto central é o ofício de prostituta das duas mulheres. Desse modo, temos por um lado, corpos ocultados na rede relacional dos namorados e a prostituição como eixos tensionadores da relação, gerando uma dinâmica ímpar de conjugalidade. Os exemplos etnográficos trazidos farão viço na discussão das negociações dos casais: como estabelecem limites, como percebem a relação e como se conduzem no subterrâneo. Toda essa dinâmica passa a nos revelar também que o processo central de tornar-se esposa, para as mulheres trans/travestis, é parte fundamental no processo de fazer-se mulher.

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Biografia do Autor

Oswaldo Zampiroli, PPGAS/MN/UFRJ

É mestre e doutorando em Antropologia Social no Programa de Pós-Gradução em Antropologia Social (PPGAS) pelo Museu Nacional-UFRJ. Atualmente é pesquisador do Núcleo de Estudos em Corpos, Gênero e Sexualidade (NuSEX) do PPGAS-MN-UFRJ. Tem interesses de pesquisa nas grandes área de família, geração, emoções, gênero e sexualidade.

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Publicado

2018-07-23