Notas para uma economia afetiva: trajetórias geracionais e circulação de bens a partir do Nordeste e da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2018.v13.12381Resumo
O artigo apresenta um exercício descrito e comparativo sobre modos de produção e gestão da diferença a partir de dois contextos etnográficos postos em relação. A partir dos processos de experimentação corporal e dos recursos classificatórios manejados por pessoas em cidades do Nordeste e da Amazônia, o artigo discute algumas relações entre trajetórias de vida, economias e linguagens para desejos, afetos e corpos. As trajetórias apresentadas tensionam imaginários sobre escala, desejo e projetos de vida a partir das percepções que os sujeitos têm sobre os mundos que habitam e do encontro com a diferença no contato com seus parceiros. São histórias que experimentam o risco da viagem e da assunção de si como um “território” que se faz em processo de contínua fronteirização, que reconhecem o urbano e a cidade como infiltrações nas suas próprias engenharias e que reconfiguram as possibilidades mutáveis e transformacionais de si mesmos enquanto pessoas partíveis e penetráveis por medos, desejos, experiências e por outras pessoas.