Inflação e desenvolvimento no pensamento econômico brasileiro

Autores

  • Inês Patrício Universidade Federal Fluminense
  • Victor Leonardo de Araujo Universidade Federal Fluminense

Resumo

Este artigo tem como objetivo retomar o debate a respeito da inflação no âmbito da Cepal (Comissão Econômica
para a América Latina e Caribe), que na América Latina foi a principal tradição crítica ao pensamento ortodoxo
após a II Guerra Mundial, até a década de 1970. Enquanto os autores da tradição ortodoxa, como Eugênio
Gudin, Octávio Gouveia de Bulhões e Roberto Campos sustentavam que os desequilíbrios fiscais e monetários
consistiam na principal causa da inflação no continente, autores da tradição heterodoxa, como Celso Furtado e
Maria da Conceição Tavares, defendiam que a inflação tinha raízes estruturais. Segundo esses autores, a inflação
pode ter sido funcional ao desenvolvimento econômico, mas seus efeitos foram limitados, e justamente por isso
defendiam a sua substituição por outros instrumentos. Em outras palavras, não eram tolerantes com a inflação,
e tampouco defendiam políticas inflacionárias, como acusa a ortodoxia.

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Biografia do Autor

Inês Patrício, Universidade Federal Fluminense

Professora da Faculdade de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal
Fluminense (PPGCP-UFF); graduada em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981), mestre em
Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pelo CPDA (1993) e Dra. em Ciência Política pelo IUPERJ (2001).

Victor Leonardo de Araujo, Universidade Federal Fluminense

Professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense; graduado em economia pela Universidade
Federal Fluminense (2000), mestre em Economia pela Universidade Federal Fluminense (2004) e doutor em
Economia pela Universidade Federal Fluminense (2007).

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Publicado

2015-05-29