Religiosidade e morte no interior de Minas Gerais

Autores

  • Thiago Rodrigues Tavares Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Humanas Departamento de Ciências Sociais

Resumo

O artigo a seguir se enquadra no atual momento de efervescência dos estudos mortuários nas áreas das Ciências
Sociais e Ciência da Religião. A partir da reflexão sobre a relação da sociedade com a sua religiosidade
e a questão da finitude do homem, irei abordar as atitudes dos vivos diante da morte, a partir da observação
dos rituais funerários no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, assim esse trabalho deverá esclarecer os
rituais de passagem presentes numa vivência popular do catolicismo e as possíveis transformações nas atitudes
dos homens frente a morte – estas se referem as relações estabelecidas entre os vivos e destes com os
mortos, durante os rituais fúnebres. A morte no catolicismo é concebida como uma passagem de um mundo
para outro havendo obrigações entre vivos e mortos, estes últimos estando num momento de liminaridade.
O indivíduo deve se preparar para a morte e, após o seu acontecimento, cabe aos vivos a preparação do ritual
de passagem que proporcione a transição tranquila do morto, que em espírito deverá seguir em direção ao
seu destino final: para uma outra vida. Dessa forma o momento da morte se destaca na vivência popular do
catolicismo onde o rito coletivo tem extrema importância pois é o elo entre familiares, vizinhos e amigos. São
nesses momentos em que todos estão juntos que fazem com que qualquer ritual coletivo seja um momento
de sociabilidade e festa.

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Publicado

2014-06-04