A crise da modernidade e suas implicações na produção de conhecimentos
Palavras-chave:
Crise. Modernidade, Educação, ConhecimentoResumo
O processo de instalação da crise da modernidade, que abordamos neste texto, nos coloca em uma posição incômoda e ousada de perscrutar o tempo presente, ancorado no passado e com um pé no futuro. Percebemos que os nossos conceitos e categorias não dão conta de compreender, predizer, explicar e interferir, mas ficamos reticentes e fragilizados em abandoná-los completamente. A solução encontrada, momentaneamente, foi fazer uma ponte entre esses instrumentos umbilicalmente ligados ao solo antropológico moderno e os novos construídos pelo e no desdobramento desse período de transição, no qual nos encontramos. Procuramos perceber como as correntes filosóficas estão reagindo diante dos abalos produzidos pela crise estrutural do mundo moderno responsável, em larga escala, pela crise teórico-metodológica das ciências. Para isso, traçamos um breve panorama histórico, a partir da Segunda Guerra Mundial, entre as ciências ditas exatas e as ciências humanas; destacamos os espaços ocupados por elas na modernidade, sob a orientação das leituras de Bruno Latour; esboçamos as tentativas de reação dos modernos, pós-modernos e aqueles que arriscam dizer que “jamais fomos modernos” diante da crise.
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