Questões de tradução de Menzogna e sortilegio de Elsa Morante
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-3446.2022.v10.38045Palavras-chave:
literatura italiana, Elsa Morante, traduçãoResumo
Este artigo traz questões sobre o processo de tradução do romance Menzogna e sortilegio, da italiana Elsa Morante, como exercício de aproximação de culturas, relações históricas, sociais e econômicas, além de abordar questões de gênero, em especial o papel da mulher e da reprodução social. No diálogo entre as práticas domesticadora, estrangeirizante e exotizante de tradução examinadas por Lawrence Venuti, do estudo da alteridade de Henri Meschonnic e o conceito de reversibilidade de Umberto Eco, analisei possibilidades de como traduzir em português o que foi escrito em italiano em uma perspectiva de tradução feminista. Dessa análise surgiram questionamentos e a possibilidade de organizar um léxico próprio da escritora, com termos e imagens que se repetem em suas obras.
Downloads
Referências
AZEVEDO, Francisco Ferreira. Dicionário analógico da língua portuguesa: ideias afins/thesaurus. 3 ed. 3º reimpressão. Rio de Janeiro: Lexicon, 2020.
BOHÁCKOVÁ, Michaela. Le prime opere di Elsa Morante: tra sogno e racconto. Magisterská Diplomová Práce. Filozofická fakulta. Masarykova Univerzita, Brno, 2017.
CABRAL, Luciana. Literatura e maternidade em Elsa Morante. Rio de Janeiro: Multifoco, 2017.
CALVINO, Italo. Un romanzo sul serio. L’Unità, 1948. Disponível em: http://193.206.215.10/morante/periodici/mes_giornali/UNITA_TO00001.html. Acesso em 24 nov. 2022.
CAUSIN, Susanna. Riscrivere e reinventare l’identità femminile nella narrativa italiana del XX e XXI secolo – Elsa Morante e Elena Ferrante. Tesi di laurea in Filologia e Letteratura Italiana. Università Ca’Foscari, Venezia, 2018.
CHESTERMAN, Andrew. Ethics of translation. In: SNELL-HORNBY, M.; JETTMAROVÁ, Z.; KAINDL, K. (eds.). Translation as Intercultural Communication. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1997. p. 147-157.
COSTA, Claudia de Lima; ALVAREZ, Sonia E. A circulação das teorias feministas e os desafios da tradução. Revista Estudos Feministas, v. 21, n. 2, 2013, p. 579-586.
DALLA COSTA, Maria. Donne e sovversione sociale – Un metodo per il futuro. Verona: Ombre corte, 2021.
DE ROGATIS, Tiziana. Realismo stregato e genealogia femminile in "Menzogna e sortilegio” di Elsa Morante. Allegoria, v. 80, 2019, p. 1-31.
DIZIONARIO GARZANTI DI ITALIANO. Milano: Garzanti, 1999.
EAGLETON, Terry. Teoria da literatura. Uma introdução. Tradução de Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2019.
ECO, Umberto. Quase a mesma coisa. Rio de Janeiro: Record, 2007.
FERRANTE, Elena. La frantumaglia. Roma: Edizioni e/o, 2014.
GARBOLI, Cesare. Il gioco segreto: nove immagini di Elsa Morante. Milano: Adelphi Edizioni, 1995.
GARBOLI, Cesare. Introduzione. In MORANTE, E. Menzogna e sortilegio. Torino: Einaudi, 1994.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (diretores). Pequeno dicionário Houaiss de Lexicografia. Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia. São Paulo: Moderna, 2015.
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. Tradução, posfácio e notas de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2009.
MESCHONNIC, Henri. Poética do traduzir. São Paulo: Perspectiva, 2010.
MORANTE, Elsa. A ilha de Arturo. Tradução de Roberta Barni. São Paulo: Carambaia, 2019.
MORANTE, Elsa. L’isola di Arturo. Torino: Einaudi, 2011.
MORANTE, Elsa. Menzogna e sortilegio. Torino: Einaudi, 2010.
MORANTE, Elsa. A ilha de Arturo. Tradução de Loredana de Stauber Caprara. São Paulo: Berlendis & Vertecchia Editores, 2003.
NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo. Documentos de uma militância Pan-Africanista. São Paulo; Rio de Janeiro: Editora Perspectiva; Ipeafro, 2019.
NASCIMENTO, Beatriz. Uma história feita por mãos negras: Relações sociais, quilombos e movimentos. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.
PEDULLÀ, Walter. La narrativa italiana contemporanea (1940-1990). Roma: Newton Compton editori, 1995.
PYM, Anthony. Pour une éthique du traducteur. Ottawa: Presses de l’Université, 1997.
RIPANTI, Espérance Hakuzwimana. E poi basta. Manifesto di una donna nera italiana. Gallarate: People, 2019.
SCEGO, Igiaba. Minha casa é onde estou. Tradução de Francesca Cricelli. São Paulo: Editora Nós, 2018.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrário. Cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
VENUTI, Lawrence. A invisibilidade do tradutor. Uma história da tradução. São Paulo: Editora Unesp, 2021.
WOLF, Michaela; SERPA, Talita. Tradução “tornando-se social”? Desafios para a torre (de marfim) da Babel. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 41, n. 1, p. 344-367, jan-abr, 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Luciana Cabral Doneda

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo a publicação licenciada sob a Creative Commons Attribution License 4.0 Internacional.
2. Os autores e autoras têm permissão e são estimulados(as) a publicar e compartilhar o trabalho com reconhecimento da publicação inicial nesta revista.
3. Os autores e autoras dos trabalhos aprovados autorizam a revista a ceder o conteúdo de seus trabalhos, após sua publicação, para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
Para mais informações sobre a Creative Commons Attribution 4.0 International License, acessar: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Isenção editorial
O conteúdo dos artigos publicados é de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores, não representando a posição oficial da Rónai - Revista de Estudos Clássicos e Literários ou do Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora ou das instituições parceiras.