Concepção de justiça e injustiça de docentes do ensino fundamental

Autores

  • Leandra Lúcia Moraes Couto Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo
  • Heloisa Moulin de Alencar Professora do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento (DPSD) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.24879/2017001100100211

Resumo

Investigamos a concepção de justiça de professoras do ensino fundamental. Realizamos entrevistas com base no método clínico piagetiano. Verificamos que a temática dos direitos foi abordada pelas participantes em todas as perguntas e justificativas do estudo. Por outro lado, obtivemos poucas referências com relação à igualdade e à equidade. Também encontramos citações que versam sobre a oportunidade de desenvolvimento pessoal, o julgamento e a punição, a valorização ou desvalorização da vida e da profissão, entre outros. De maneira geral, os dados mostram que as concepções de justiça possuem predominância de características da moral autônoma. No entanto, chamamos a atenção para a ocorrência de dados que revelam a existência de traços de uma moral heterônoma na concepção das docentes.

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Biografia do Autor

Leandra Lúcia Moraes Couto, Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo

Prédio Professor Lídio de Souza - Programa de
Pós-Graduação em Psicologia (PPGP). Centro
de Ciências Humanas e Naturais (CCHN).
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Av. Fernando Ferrari, n° 514, Goiabeiras.
CEP: 29.075-910 – Vitória /ES

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Publicado

2017-07-19

Edição

Seção

Artigos