Gênero, sexualidade e subjetividade: Algumas questões incômodas para a psicologia

Autores/as

  • Karen Priscila Lima dos Anjos Programa de Pós – Graduação em Psicologia; Universidade Federal do Pará; Belém
  • Maria Lúcia Chaves Lima Programa de Pós – Graduação em Psicologia; Instituto de Ciências da Educação; Universidade Federal do Pará; Belém

DOI:

https://doi.org/10.24879/201600100020059

Resumen

A sexualidade constitui um dos principais dispositivos de controle e produção de subjetividade na sociedade ocidental. Desse modo, acredita-se que seja fundamental para a psicologia, na atualidade, problematizar alguns de seus conceitos basais que organizam a forma como entendemos a constituição dos sujeitos, muitos explicitamente pautados por uma lógica heteronormativa de gênero e sexualidade. O presente trabalho utiliza ferramentas teóricas apresentadas por Michel Foucault e Judith Butler para apontar incômodos epistemológicos e políticos decorrentes de uma adoção acrítica de noções naturalizantes de gênero, sexualidade e subjetividade por parte da psicologia. Ao final, a título de exemplo, apresentamos algumas notas acerca da produção discursiva da diferença sexual em um manual de desenvolvimento humano utilizado nos cursos de formação em psicologia.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Butler, J. (2012). Problemas de gênero: feminismo
e subversão da identidade. São Paulo, SP:
Civilização Brasileira.

Conselho Federal de Psicologia (1999). Resolução CFP
n° 001/99 de 22 de março de 1999 – Estabelece
normas de atuação para os psicólogos em relação à
questão da Orientação Sexual. Recuperado em 10 de
maio de 2016 de <http://site.cfp.org.br/wp-content/
uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf>.

Conselho Federal de Psicologia. (2011). Psicologia e
Diversidade Sexual: desafios para uma sociedade de
direitos. Brasília, DF: CFP.

Foucault, M. (2010). O sujeito e o poder. In: H.
L. Dreyfus & P. Rabinow. Michel Foucault: uma
trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da
hermenêutica. (2. ed., Rev.) (pp. 231 – 249). Rio de
Janeiro, RJ: Forense Universitária.

Foucault, M.(2011). História da sexualidade I: a
vontade de saber. (21 reimp). Rio de Janeiro, RJ:
Edições Graal.

Foucault, M. (2012a). (R. Machado Org.). Microfísica
do poder. (25. ed.) São Paulo, SP: Graal.

Foucault, M. (2012b). Sexualidade e poder. In: M.
Foucault. Ditos e escritos, v. V. Rio de Janeiro, RJ:
Forense Universitária.

Foucault, M. (2014). Arqueologia do saber. (8. ed.) Rio
de Janeiro, RJ: Forense Universitária.

Laqueur, T. W. (2001). Da linguagem e da carne. In:
T. W. Laqueur. Inventando o sexo: corpo e gênero, dos
gregos a Freud. (pp. 13 – 40). Rio de Janeiro, RJ:
Relumé-Dumará.

Papalia, D. E., Olds, S. W. & Feldman, R. D. (2006).
Desenvolvimento psicossocial na segunda infância
(Daniel Bueno Trad.). In: D. E. Papalia, S. W. Olds.
& R. D. Feldman. Desenvolvimento humano. (8. ed.)
(pp. 313 – 350) Porto Alegre, RS: Artmed.

Passos, E. & Barros, R. B. (2009). Pista 1: A cartografia
como método de pesquisa-intervenção. In: E.
Passos, V. Kastrup & L. Escóssia. Pistas do método
da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de
subjetividade. (pp. 17 – 31). Porto Alegre, RS: Sulina.

Publicado

2016-12-21

Número

Sección

Artigos