ESTRESSE ACADÊMICO: adaptação e evidências psicométricas de uma medida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24879/2018001200300532

Palavras-chave:

Estresse, Estudantes universitários, Escala, Validade

Resumo

O presente estudo objetivou investigar as propriedades psicométricas da Escala de Estresse Acadêmico (EEA), por meio de dois estudos. O Estudo 1 contou com a participação de 200 estudantes universitários, os quais responderam a EEA e perguntas demográficas. Uma análise fatorial revelou uma solução unifatorial, indicando consistência interna adequada. Ademais, via teoria de resposta ao item, os itens da EEA mostraram-se discriminativos, exigindo baixa e moderada quantidade de traço latente para serem endossados. No Estudo 2, 207 estudantes universitários responderam aos mesmos instrumentos. Através da análise fatorial confirmatória corroborou-se a estrutura unifatorial preconizada. Conclui-se que esta medida mostrou-se psicometricamente adequada para utilização em futuras pesquisas acerca do estresse acadêmico no Brasil, podendo fomentar ações de assistência psicológica aos estudantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Erlândio Andrade de Sousa, Universidade Federal de Roraima.

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Roraima, Brasil (2015).

Gleidson Diego Lopes Loureto, Universidade Federal da Paraíba.

Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Roraima (UFRR - 2016). Atualmente cursa mestrado no Programa de Pós-graduação em Psicologia Social da Universidade Federal da Paraíba.

Leogildo Alves Freires, Universidade Federal de Alagoas.

Graduado em Psicologia (2010), Mestre em Psicologia (2013) e Doutor em Psicologia Social (2015) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Atualmente, sou Professor Classe A, Nível I (Adjunto A) do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió (AL).

Renan Pereira Monteiro, Universidade Federal de Mato Grosso.

Possui formação em Psicologia pela Universidade Federal do Piauí (2011), mestrado (2014) e doutorado (2017) em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba. Atualmente é professor do curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso, na área de Fundamentos e Medidas da Psicologia.

Valdiney Veloso Gouveia, Universidade Federal da Paraíba.

Doutor em Psicologia Social pela Universidade Complutense de Madrid (1998), professor titular do Departamento de Psicologia da Universidade Federal da Paraíba e bolsista de produtividade (1A) do CNPq. Seus interesses de pesquisa se centram nas áreas de Psicologia Social (estruturas sociais; indivíduos) e Avaliação Psicológica (construção e adaptação de escalas e testes).

Referências

Abelson, R. P. (1985). A variance explanation paradox: When a little is a lot. Psychological Bulletin, 97(1), 129-133. doi: 10.1037/0033-2909.97.1.129
Arnetz, B. B., & Ekman, R. (2006). Stress in Health and Disease. Darmstadt: Wiley-VCH.
Awino, J. O., & Agolla, J. E. (2008). A quest for sustainable quality assurance measurement for universities: case of study of the University of Botswana, Educational Research and Review, 3(6), 213-218. Recuperado de, https://eric.ed.gov/?id=EJ893989
Baker, F. B. (2001). The basics of item response theory. Washington, DC: ERIC Clearinghouse on Assessment and Evaluation.
Bedewy, D., & Gabriel, A. (2015). Examining perceptions of academic stress and its sources among university students: The Perception of Academic Stress Scale. Health Psychology Open, 2(2), 1-9. doi: 10.1177/2055102915596714
Brown, T. A. (2015). Confirmatory factor analysis for applied research. New York: The Guilford Press.
Cohen, R. J., Swerdlik, M. E., & Sturman, E. D. (2014). Testagem e Avaliação Psicológica: Introdução a Testes e Medidas. (8º ed) São Paulo: AMGH.
Costa, A. L. S., & Polak, C. (2009). Construção e validação de instrumento para Avaliação de Estresse em Estudantes de Enfermagem (AEEE). Revista da Escola de Enfermagem da USP, 43(spe), 1017-1026. doi: 10.1590/S0080-62342009000500005
Fairbrother K., & Warn, J. (2003). Workplace Dimensions, Stress and Job Satisfaction, J. Managerial Psychol. 18(1), 8-21. doi: 10.1108/02683940310459565
Faro, A. (2015). Estresse e distresse: estudo com a escala de faces em Aracaju (SE). Temas em Psicologia, 23(2), 341-354. doi: 0.9788/TP2015.2-08
Feldt, R. C. (2008). Development of a Brief Measure of College Stress: The College Student Stress Scale. Psychological Reports, 102(3), 415 – 426. doi: 10.2466/pr0.102.3.855-860
Furtado, E. S., Falcone, E. M. O., Clark, C. (2003). Avaliação do estresse e das habilidades sociais na experiência acadêmica de estudantes de medicina de uma universidade do Rio de Janeiro. Interação em Psicologia, 7(2), 43-51. doi: 10.5380/psi.v7i2.3222
García, N. B., & Zea, R. M. (2011). Estrés Académico. Revista de Psicología Universidad Antioquia, 3(2), 65-82. Recuperado em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2145-48922011000200006&lng=pt&tlng=es
García-Ros, R., Pérez-González, F., Pérez-Blasco, J., & Natividad, L. A. (2012). Evaluación del estrés académico en estudiantes de nueva incorporación a la universidad. Revista Latinoamericana de Psicología. 44(2),143-154. doi: 10.14349/rlp.v44i2.1038
Hasel, K. M., Abdolhoseini, A., & Ganji, P. (2011). Hardiness training and perceived stress among college students. Procedia-Social and Behavioural Sciences, 30, 1354 –1358. doi: 10.1016/j.sbspro.2011.10.262
Holgado-Tello, F. P., Chacón-Moscoso, S., Barbero-García, I., & Vila-Abad, E. (2010). Polychoric versus Pearson correlations in exploratory and confirmatory factor analysis of ordinal variables. Quality & Quantity, 44(1), 153-166. doi: 10.1007/s11135-008-9190-y
Jex, S. M. (1998). Stress and job performance. Londres: Sage.
Kahn, A. P. (2006). The Encyclopedia of Stress and Stress-Related Diseases (2ª ed.). New York, NY: Facts on File.
Kim, M. J., Park K. H., Yoo, H. H., Park, IeB, & Yim, J. (2014). Development and validation of the medical student stress scale in Korea. Korean Journal of Medical Education, 26(3), 197-208. doi: 10.3946/kjme.2014.26.3.197
Kohn, J. P., & Frazer, G. H. (1986). An academic stress scale: identification and rated importance of academic stressors. Psychological Reports, 59(2), 415 – 426. https://doi.org/10.2466/pr0.1986.59.2.415
Lazarus, R. S., & Folkman, S. (1984). Stress, appraisal, and coping. New York, NY: Springer.
Lazarus, R. S. (1995). Psychological stress in the workplace. In R. Crandall, & P. L. Perrewé (Orgs.), Occupational stress: A Handbook (pp. 3-14). Washington: Taylor & Francis.
Lemma, S., Gelaye, B., Berhane, Y., Worku, A., & Williams, M. A. (2012). Sleep quality and its psychological correlates among university students in Ethiopia: a cross-sectional study. BMC Psychiatry, 12(237), 1-7. doi: 10.1186/1471-244X-12-237
Li, L., Hu, H., Zhou, H., He, C., Fan, L.,Liu, X., et al. (2014). Work stress, work motivation and their effects on job satisfaction in community health workers: a cross-sectional survey in China. BMJ, 4(6),1-9. doi: 10.1136/bmjopen-2014-004897
Lorenzo-Seva, U., & Ferrando, P. J. (2013). FACTOR 9.2: A Comprehensive Program for Fitting Exploratory and Semiconfirmatory Factor Analysis and IRT Models. Applied Psychological Measurement, 37(6), 497-498. doi: 10.1177/0146621613487794
Lorenzo-Seva, U., Timmerman, M. E., & Kiers, H. A. L. (2011). The Hull Method for Selecting the Number of Common Factors. Multivariate Behavioral Research, 46(2), 340-364. doi: 10.1080/00273171.2011.564527
Loureiro, E. M. F., McIntyre, T. M., Mota-Cardoso, R., & Ferreira, M. A. (2009). Inventário de Fontes de Estresse Acadêmico no Curso de Medicina (IFSAM). Revista Brasileira de Educação Médica. 33(2), 191 – 197. doi: 10.1590/S0100-55022009000200005
Lund, H. G., Reider, B. D., Whiting, A. B., & Prichard, J. R. (2010). Sleep patterns and predictors of disturbed sleep in a large population of college students. Journal of Adolescent Health, 46(2), 124-32. doi: 10.1016/j.jadohealth.2009.06.016
Monteiro, C. F. S., Freitas, J. F. M., & Ribeiro, A. A. P. (2007). Estresse no cotidiano acadêmico: o olhar dos alunos de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí. Escola Anna Nery, 11(1), 66-72. doi: 10.1590/S1414-81452007000100009
Paschoal, T., & Tamayo, Á. (2004). Validação da escala de estresse no trabalho. Estudos de Psicologia (Natal), 9(1), 45-52. doi: 10.1590/S1413-294X2004000100006
Pasquali, L. (2003). Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis, RJ: Vozes.
R Core Team (2015). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. Recuperado de http://www.R-project.org/.
Roorda, D. L., Koomen, H. M. Y., Spilt, J. L., & Oort, F. J. (2011). The influence of affective teacher-student relationships on students' school engagement and achievement: A meta-analytic approach. Review of Educational Research, 81, 493-529. doi: 10.1007/s10648-011-9170-y

Rosseel, Y. (2012). Lavaan: An R Package for Structural Equation Modeling. Journal of Statistical Software, 48(2), p. 1-36. doi: 10.18637/jss.v048.i02
Samejima, F. (1969). Estimation of a latent ability using a response pattern of graded scores. Psichometrika Monograph, 34(4). Recuperado de, http://psycnet.apa.org/record/1972-04809-001
Santos, A. F. (2010). Determinantes psicossociais da capacidade adaptativa: Um modelo teórico para o estresse (Tese de Doutorado). Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA. Recuperado de https://pospsi.ufba.br/sites/pospsi.ufba.br/files/andre_faro_tese.pdf
Santos, V. E. P., & Radünz, V. (2011). O estresse de acadêmicas de enfermagem e a segurança do paciente. Revista Enfermagem UERJ, 19, 616-620. Recuperado de www.facenf.uerj.br/v19n4/v19n4a19.pdf
Schaufeli, W. B., Martínez, I. M., Pinto, A. M., Salanova, M., & Bakker, A. B. (2002). Burnout and engagement in university students: A cross-national study. Journal of Cross-Cultural Psychology, 33, 464-481. doi: 10.1177/0022022102033005003
Scott, P. (2017). Student perception of college value: Opportunities for future research. Scholarship of Teaching and Learning in Psychology, 3(4), 299-303. doi: 10.1037/stl0000097
semTools Contributors. (2016). semTools: Useful tools for structural equation modeling. R package version 0.4-12. Recuperado de http://cran.r-project.org/package=semTools
Silva, R. M., Goulart, C. T., Lopes, L. F. D., Serrano, P. M., & Guido, L. A. (2014). Estresse e hardiness entre residentes multiprofissionais de uma universidade pública. Revista de Enfermagem da UFSM, 4(1), 87-96. doi: 10.5902/217976928921
Tabachnick, B. G., & Fidell, L. S. (2013). Using multivariate statistics (6th ed). Boston, MA: Allyn and Bacon.
Tanure, B., Neto, A. C., Santos, C. M. M., & Patrus, R. (2014). Estresse, doença do tempo: Um estudo sobre o uso do tempo pelos executivos brasileiros. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 14, 65-88. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812014000100005&lng=pt&tlng=pt.
Umann, J., Silva, R. M., Benavente, S. B. T., & Guido, L. A. (2014). O impacto das estratégias de enfrentamento na intensidade de estresse de enfermeiras de hemato-oncologia. Revista Gaúcha de Enfermagem, 35(3), 103-110. doi: 10.1590/1983-1447.2014.03.44642
Witter, G. P. (1997). Estresse e desempenho nas matérias básicas: variáveis relevantes. Estudos de Psicologia, 14(2), 3-10. doi: 10.1590/S0103-166X1997000200001
Yazdani, M., Rezaei, S., & Pahlavanzadeh, S. (2010). The effectiveness of stress management training program on depression, anxiety and stress of the nursing students. Iranian Journal of Nursing and Midwifery Research, 15, 208–215. doi: 10.1111/appy.12084

Downloads

Publicado

2018-12-28

Edição

Seção

Artigos