A coroação de Reis Negros e a tradição Congadeira: um elo entre o Velho e o Novo Mundo

Autores

  • Kelly Rabello

DOI:

https://doi.org/10.34019/2236-6296.2019.v22.29608

Resumo

Entre os séculos XVI a XIX, negros de origem Banto foram escravizados e transportados à força para o Brasil. Apesar de perderem muitos dos seus costumes originais, através de instrumentos como a linguagem, a dança e a música, conseguiram dar continuidade a certas práticas culturais, especialmente àquelas que associavam o divertimento à religião. Esses elementos se tornavam vivos especialmente nas festividades associadas às Irmandades religiosas, nas quais negros e negras praticavam bailados próprios, cantos e danças em homenagem ao santo padroeiro daquela confraria e entronizavam os seus próprios reis. Composto por esse conjunto de rituais, o Congado apresentava características de um catolicismo negro peculiar. Realizado ainda nos dias de hoje, o Congado e o Reinado muito nos dizem sobre a dinâmica pós-diaspórica e sobre os meios de adaptação e resistência dos negros no Brasil. Neste viés, o objetivo deste trabalho é refletir sobre a relevância dos Congados e dos Reinados como manifestações que resguardam uma memória ancestral. A metodologia consiste em uma revisão bibliográfica sobre as temáticas do Catolicismo Africano, Catolicismo Negro, Irmandades negras e Congado.

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Publicado

2020-02-11

Edição

Seção

Religiões Africanas e Afrodiaspóricas