Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen <p>A Numen: Revista de Estudos e Pesquisa da Religião é uma publicação acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião (PPCIR) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que se propõe a ser um espaço para a divulgação de pesquisas relevantes para a compreensão da religião, com abertura para perspectivas diversas e oferecendo oportunidade para contribuições oriundas de diversas áreas de conhecimento.</p> <p>QUALIS A3.</p> pt-BR <ol style="margin-top: 0cm;" type="1"><li class="MsoNormal" style="color: #111111; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="font-size: 12pt;">O envio de artigo implica automaticamente a cessão dos direitos autorais à Numen, que não se obriga a devolver os originais das colaborações examinadas e revisadas. <em>Numen </em>reserva-se todos os direitos autorais dos artigos publicados, inclusive artigos traduzidos, contudo, mediante solicitação, pode autorizar sua posterior reprodução desde que citada a fonte. Pela cessão do direito autoral, os autores e as autoras recebem dois exemplares; autores e autoras de resenhas recebem um exemplar do respectivo número.</span></li><li class="MsoNormal" style="color: #111111; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="font-size: 12pt;">Artigos que não seguirem as normas formais de apresentação aqui especificadas serão devolvidos para posterior adequação pelos seus autores.</span></li><li class="MsoNormal" style="color: #111111; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="font-size: 12pt;">Os artigos publicados na <em>Numen</em> são de total responsabilidade dos respectivos autores e autoras.</span></li><li class="MsoNormal" style="color: #111111; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="font-size: 12pt;">O envio de artigo implica automaticamente a cessão dos direitos autorais à <em>Numen</em>, que não se obriga a devolver os originais das colaborações examinadas e revisadas. <em>Numen</em><span> </span>reserva-se todos os direitos autorais dos artigos publicados, inclusive artigos traduzidos, contudo, mediante solicitação, pode autorizar sua posterior reprodução desde que citada a fonte. Pela cessão do direito autoral, os autores e as autoras recebem dois exemplares; autores e autoras de resenhas recebem um exemplar do respectivo número.</span></li><li class="MsoNormal" style="color: #111111; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="font-size: 12pt;">Artigos não enquadrados nas normas de apresentação especificadas serão devolvidos para posterior adequação pelos seus autores e autoras.</span></li><li class="MsoNormal" style="color: #111111; margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="font-size: 12pt;">Os artigos publicados na <em>Numen</em>, no que diz respeito ao conteúdo, correção lingüística e estilo, são de total responsabilidade dos respectivos autores e autoras.</span></li></ol> edsonfernandodealmeida@gmail.com (Edson Fernando de Almeida) edsonfernandodealmeida@gmail.com (Edson Fernando de Almeida) Fri, 23 Aug 2024 17:22:58 +0000 OJS 3.2.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 A Macaia invade a Selva de Pedra https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/40611 <p>O artigo tem como objetivo entender o processo de usos de determinados espaços pelos membros da umbanda. Buscou-se compreender a realidade das pessoas ao acessar lugares e paisagens não condicionados à sede onde ocorrem os atos litúrgicos do terreiro. Esses espaços onde se cultivam plantas, ervas e frutas, além de resistirem em meio às edificações residenciais, são referenciais de memória popular e de saberes tradicionais de membros e consulentes da umbanda. Eles contribuem significativamente para a realização das atividades curativas, uma vez que todas as entidades de umbanda são useiras em procedimentos com plantas, frutas e flores. Analisamos as redes de solidariedade que se estabelecem entre assistidos e terreiros e a importância dos sujeitos que cooperam com bens provenientes de seus quintais produtivos. O trabalho propõe uma discussão centrada na relação dinâmica e interdisciplinar entre assistência e entidades do terreiro, por meio da etnografia.</p> Janaína Gonçalves Hasselmann , Roberta Barros Meira, Dione da Rocha Bandeira Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/40611 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Mitos trágicos, projéteis mágicos https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43395 <p>Uma das narrativas míticas mais marcantes da mitologia nórdica diz respeito à morte do deus Balder, atingido por um ramo de azevinho. A importância desse mito é tamanha que ele é tido pelo evento que precede o Ragnarök, o fim dos deuses e homens. Nosso objetivo é analisar esse mito em suas conexões com certos tipos de magia ofensiva praticadas por especialistas religiosos entre os povos da Escandinávia Medieval, levantando a hipótese de que o mito da morte de Balder seja um vestígio mnemônico da crença em projéteis mágicos que podiam causar dano ou até mesmo levar à morte.</p> Victor Hugo Sampaio Alves Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43395 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 A prática espírita em meio à pandemia https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43109 <p>Buscou-se refletir o espiritismo a partir dos desafios da pandemia sanitária causada pelo coronavírus e os efeitos dela decorrentes. Os dados foram coletados em data inicial dos fatos pandêmicos e após imunização com segunda dose de vacina, por meio de questionário online na base do Google-forms respondidos por praticantes espíritas das unidades funcionais vinculadas à Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE) e espíritas da cidade de Belo Horizonte como instrumento de controle. Os resultados sugerem que apesar de sentirem os efeitos negativos da pandemia com o fechamento dos centros espíritas, a interdição dos encontros presenciais, bem como sentimentos de angústia, medo e solidão, a religião espírita auxilia os praticantes a enfrentarem os momentos de crise como a pandemia vivenciada no mundo, quando ele foram instigados a traçar alternativas para viabilizar o exercício da prática religiosa por eles confessada.</p> Marco Arlindo Tavares Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43109 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 A origem do Movimento de Natal e do MEB e da colusão do Catolicismo com o Marxismo https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43103 <p>O Movimento de Natal consubstanciou a primeira iniciativa de ensino à distância de massas e da Pastoral de Conjunto da Igreja Católica, tendo sido ainda o predecessor do Movimento de Educação de Base (MEB), uma iniciativa conjugada da CNBB e do MEC que na década de 1960 utilizou o Método Paulo Freire e o pensamento do padre Henrique Vaz, juntando, nesse esforço, o catolicismo ao marxismo. Utilizamos o aporte teórico de Jacques Derrida e Roger Griffin para analisar as atividades, o contexto e as ideias da Arquidiocese de Natal nas décadas de 1930 a 1950, explicitando que essas atividades desencadearam a&nbsp;aproximação do catolicismo com o marxismo.</p> <p>&nbsp;</p> Renato Amado Peixoto Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43103 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Quando logos implora por thumos https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45541 <p>.</p> Bensussan Gerard Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45541 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Editorial https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45722 Edson Fernando de Almeida Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45722 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Editorial do Dossiê https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45723 Jonas Roos Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45723 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Love (prīti/sneha) as Soteriology https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44506 <p>O <em>B</em><em>ṛ</em><em>had</em><em>ā</em><em>ra</em><em>ṇ</em><em>yaka Upani</em><em>ṣ</em><em>ad</em> ocupa um lugar elevado no firmamento da tradição filosófico-soteriológica indiana. Além de sua antiguidade incontroversa, que remonta aos tempos pré-budistas, o <em>B</em><em>ṛ</em><em>had</em><em>ā</em><em>ra</em><em>ṇ</em><em>yaka Upani</em><em>ṣ</em><em>ad</em> é considerado por todas as escolas do Vedānta um dos Upaniṣads mais importantes. Ele incorpora, como talvez nenhum outro, o conhecimento fundamental (<em>jñ</em><em>ā</em><em>na</em>) e a disciplina devocional (<em>bhakti</em>) que conduz à Libertação definitiva (<em>mok</em><em>ṣ</em><em>a</em>) da ignorância (<em>avidy</em><em>ā</em>) e do sofrimento existencial (<em>du</em><em>ḥ</em><em>kha</em>). O objetivo do presente artigo é analisar os conteúdos fundamentais do “Diálogo Yājñavalkya-Maitreyī”, que adorna a seção 2.4.1-14 do <em>B</em><em>ṛ</em><em>had</em><em>ā</em><em>ra</em><em>ṇ</em><em>yaka Upani</em><em>ṣ</em><em>ad</em>, e cujo tema principal é o Amor (<em>pr</em><em>ī</em><em>ti</em>/<em>sneha</em>). A análise seguirá um viés comparativo, colocando frente a frente as hermenêuticas textuais de duas das principais escolas do Vedānta, a saber, o Advaita Vedānta (Não-Dualidade) e o Dvaita Vedānta (Dualidade) - muitas vezes vistas, em círculos ocidentais, como correntes filosóficas mutuamente excludentes.</p> Dilip Loundo Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44506 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Rādhā https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43609 <p>Neste artigo, apresento o culto à Deusa Rādhārāṇī como algo proeminente no Vaiṣṇavismo Gauḍīya, a partir dos tratados do século XV sobre <em>bhakti-yoga</em>, o teísmo devocional hindu. Antes desta literatura de <em>bhakti</em>, Rādhārāṇī já era mencionada em livros sagrados do Vaiṣṇavismo hindu e já possuía um culto na linha Vaiṣṇava do mestre Nimbārka&nbsp;Ācārya. Porém, o seu papel como Divindade Suprema ficaria mais evidente após este período chamado de Renascimento de Bhakti, com algumas outras escolas filosóficas enfatizando Rādhā como a Realidade Última. Apresentaremos um histórico do culto e uma análise sobre os principais aspectos atribuídos a Rādhārāṇī, apresentada como a epítome de todo o amor possível por Deus e tida como a própria manifestação pessoal do amor divino, Deusa Suprema e primordial. Teremos como base principal os textos sagrados da tradição e comentários de teólogos, mestres e estudiosos.</p> Romero Carvalho Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43609 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 O amor advaita como caminho para o Diálogo Inter-Religioso na perspectiva de Raimon Panikkar https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43739 <p>Raimon Panikkar (1918-2010) foi um dos principais expoentes do diálogo inter-religioso. Este artigo procura investigar de que forma a perspectiva <em>advaita</em> do Hinduísmo está inserida no pensamento de Panikkar, como o que ele denomina de “amor <em>advaita</em>” e, assim, se constitui como caminho de construção do diálogo inter-religioso. Para tal, contextualizamos o <em>advaita</em> e a sua aplicação pelo autor em sua teoria da <em>visão cosmoteândrica</em>, baseada na Trindade cristã, em seu conceito de <em>Cristofania</em> e na sua compreensão da Teologia do Pluralismo Religioso, através de uma “atitude pluralista”. Identificamos, então, o <em>advaita</em> em sua teoria de <em>diálogo intra-religioso</em>, como o encontro do outro em si mesmo através do “amor <em>advaita</em>”, em uma peregrinação que acontece na interioridade do ser humano, paralelamente ao diálogo inter-religioso. Trata-se de uma pesquisa teórica, em perspectiva metodológica crítico-analítica, tendo em vista a sua aplicação no diálogo inter-religioso, embasada na bibliografia de Panikkar.</p> Rita Macedo Grassi Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43739 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 O desejo (eros) pelo conhecimento em Platão https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44116 <p>Neste ensaio, gostaria de aproximar estes dois âmbitos dos textos platônicos, tanto sua filosofia erótica que tem relações com o mundo concreto de desejo e paixão, quanto esse anseio pelo espiritual, pelo divino, pelo conhecimento puro, pelas coisas em si mesmas. Para tanto, quero descrever alguns elementos dos diálogos <em>Fedro</em> e <em>Banquete</em> mas também alguns do <em>Teeteto</em>. Em um primeiro momento, quero trabalhar um pouco a ideia de uma mística erótica platônica. Esta expressão, mística erótica, contém dois termos que podem parecer antitéticos, já que a mística seria o encontro do humano com o divino e a erótica retrata elementos corporais, sensuais, em geral tratando do encontro do humano com outro humano. No entanto, há já uma tradição longa de utilização de termos eróticos na descrição do que seria propriamente o encontro místico e Platão é um capítulo importante desta forma de descrever a mística. Depois, em um segundo momento, pretendo explorar um trecho do diálogo o <em>Teeteto</em> para indicar como a contemplação da natureza tipicamente filosófica é uma forma de assemelhar-se a deus, tornando-se uma pessoa virtuosa e sabia. Assim, busco apresentar como o desejo pelo conhecimento em Platão remete a uma vitalidade total do humano, fazendo da filosofia não apenas uma investigação abstrata operada pelo intelecto, mas uma forma de vida total.</p> Marcus Reis Pinheiro Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44116 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 A personagem feminina como ponte para a ascensão pela via do amor no conto Substância de João Guimarães Rosa https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43719 <p>a proposta deste artigo é abordar o desenvolvimento da mística a partir do conto <em>Substância</em> de João Guimarães Rosa, em que a presença da figura feminina se faz essencial para o movimento de ascensão do casal. Tendo esse objetivo em vista, buscamos nos deter a uma leitura atenta e cuidadosa do conto, de modo a escutar a própria mística que se deixa ressoar. Preservando a autonomia da obra, notamos que o desenvolvimento da mística repousa no amor nutrido pelo casal. Neste movimento, a personagem Maria Exita se faz relevante como guia que conduz Sionésio em sua conversão até que o amor entre o casal os eleva ao encontro da unidade cósmica num momento epifânico. Ao final apresentamos um paralelo do papel desempenhado pela personagem roseana em sintonia com duas personagens da tradição ocidental: a Maria Santíssima do cristianismo e a sacerdotisa Diotima no diálogo <em>O Banquet</em>e de Platão.</p> <p>&nbsp;</p> Marcio Cappelli Alo Lopes, Maria Luísa Magnani Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43719 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 O esplendor da caridade https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43425 <p><span id="E172" class="qowt-font4-MaiandraGD">Este artigo </span><span id="E173" class="qowt-font4-MaiandraGD">apresenta</span><span id="E174" class="qowt-font4-MaiandraGD"> a filosofia agostiniana do amor, </span><span id="E175" class="qowt-font4-MaiandraGD">fundamentado</span><span id="E176" class="qowt-font4-MaiandraGD"> nas Confissões de Santo Agostinho, onde a caridade é destacada como a mais virtuosa manifestação do amor, orientando os demais afetos humanos. A pesquisa adotou a metodologia da pesquisa bibliográfica nas principais obras de Agostinho sobre o tema do amor e virtudes, assim como em estudos religiosos relevantes. </span><span id="E177" class="qowt-font4-MaiandraGD">Assim, o</span><span id="E178" class="qowt-font4-MaiandraGD"> texto destaca a busca pela verdade, transformação do coração e prática da caridade como expressões genuínas do amor, enfatizando a formação de um caráter virtuoso como a própria felicidade. </span><span id="E179" class="qowt-font4-MaiandraGD">Na apresentação dos resultados, constatamos</span><span id="E180" class="qowt-font4-MaiandraGD">, </span><span id="E181" class="qowt-font4-MaiandraGD">que </span><span id="E182" class="qowt-font4-MaiandraGD">a ordem do amor</span><span id="E183" class="qowt-font4-MaiandraGD">, em Agostinho,</span><span id="E184" class="qowt-font4-MaiandraGD"> é </span><span id="E185" class="qowt-font4-MaiandraGD">uma condição</span><span id="E186" class="qowt-font4-MaiandraGD"> para a </span><span id="E187" class="qowt-font4-MaiandraGD">real </span><span id="E188" class="qowt-font4-MaiandraGD">prática da caridade, </span><span id="E189" class="qowt-font4-MaiandraGD">que o autor entende</span><span id="E190" class="qowt-font4-MaiandraGD"> como o objetivo final da formação religiosa.</span></p> Elton Roney da Silva Carvalho, Ana Beatriz de Andrade Borba Delgado Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43425 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Amor (‘ishq) e reprovação (malāmat) no Sawaneh de Ahmad Ghazālī https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44343 <p>Ahmad Ghazālī, irmão mais novo do célebre Abū Ḥāmid al- Ghazālī, foi escritor, eloquente pregador e místico persa de orientação sunita, e também chegou a ser diretor da Al-Nizamiyya de Bagdad, substituindo o irmão. Sua obra mais conhecida é o Sawaneh (سوانح ), um pequeno tratado sobre o amor, escrito em torno a 1114, composto por 75 pequenos capítulos. &nbsp;O pensamento de Ahmad Ghazālī, centrado na ideia de amor, deixou uma marca profunda no desenvolvimento da literatura mística islâmica persa. Neste artigo pretendemos abordar a importância da ideia de reprovação no caminho do amor proposto por Ahmad Ghazālī e a possível influência recebida dos <em>Malam</em><em>āti</em> de Nishapur.</p> Cecilia Cintra Cavaleiro de Macedo Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44343 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Amor, um vício disfarçado? https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45282 <p>O objetivo principal deste artigo é mostrar que, a partir de uma análise de <em>As Obras do Amor</em>, percebe-se que nesta obra Kierkegaard não apenas está ciente da crítica moral às motivações egoístas de nossas ações, como apontada por La Rochefoucauld em <em>Reflexões ou Sentenças e Máximas Morais</em>, mas também elabora o que pode ser lido como uma resposta a esse problema. Inicialmente abordaremos a crítica de La Rochefoucauld a certo perfil de ações morais. Em seguida, analisaremos como Kierkegaard pensa o amor a partir de sua ação prática, seus frutos. Essa prática do amor será enriquecida com uma análise dos conceitos de dever de amar e de próximo. A relação entre esses conceitos fornece parâmetros para se pensar numa ação ética que esteja para além do egoísmo. Por fim, nas conclusões, apontaremos como Kierkegaard fornece elementos importantes para uma resposta às profundas questões analisadas por La Rochefoucauld.</p> Jonas Roos, Presley H. Martins Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45282 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Sobre amores e amor https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44540 <p>O presente artigo procura refletir sobre alguns dos textos da psicanalista búlgaro-francesa Julia Kristeva procurando com eles dialogar a partir da teologia. Apresentam-se, portanto, aqui alguns escritos da pensadora, mas igualmente traços de sua biografia que se entrelaçam com o tema proposto. &nbsp;A intenção é perceber como o diálogo com seu pensamento pode fecundar a teologia e abrir-lhe novas perspectivas.&nbsp;</p> Maria Clara Lucchetti Bingemer Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44540 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 O amor entre o desejo e a culpa. https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43434 <p>O artigo analisa o amor na perspectiva cristã, articulando sua dimensão mais geral, ou seja, antropológica, com as novas experiências contemporâneas. Enseja-se abordá-lo em conexão com o desejo e a culpa, já que o tema está relacionado com o do corpo, da sexualidade e enquanto caminho de amadurecimento humano. Dele, abordaremos a novidade e profundidade da experiência cristã e sua proposta humanizadora. Para isso, a análise se dará em três momentos: a) apresentar o sentido do amor e sua expressão antropológica; b) enfatizar a peculiaridade do amor na perspectiva cristã, a passagem da expressão erótica para a agápica; e c) refletir o entendimento cristão com as novas experiências amorosas, como a união homoafetiva, as novas formas de monogamia e as relações amorosas líquidas. A metodologia é a da análise fenomenológica e interpretativa das fontes ocidentais, cristãs com as novas abordagens sobre o sentido do amor e da sexualidade humana.</p> André Luiz Boccato de Almeida, Lúcia Eliza Ferreira Albuquerque Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43434 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000 Magias, oferendas e feitiços https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43385 <p>Este artigo investiga as dinâmicas rituais e morais relacionadas à execução dos trabalhos de amor, destacando seu status como um domínio altamente controverso no contexto afro-religioso brasileiro. Utilizando a experiência de praticantes que promovem serviços espirituais por meio de cartazes em postes e plataformas virtuais como ponto de partida, analiso a abrangente categoria de "trabalho de amor" como um termo guarda-chuva que engloba várias formas de magia, oferendas, simpatias e feitiços, cada qual aplicada em contextos específicos. Em particular, busco compreender as relações contingenciais que emergem entre esses praticantes e a execução desses trabalhos, enfatizando a influência dos oráculos na delimitação de fronteiras morais específicas. Analiso as concepções nativas de "ter caminho", conforme mediado pelo oráculo, e seu impacto na perspectiva dos agentes desse campo em relação a ideais de autonomia, destino e livre arbítrio no que se refere à execução desses serviços. Por fim, questiono essas mesmas noções de autonomia e livre arbítrio com base em minha experiência etnográfica ao ser consultada por esses profissionais em Salvador. Argumento que não é o livre arbítrio que fundamenta a moralidade mágica. Na verdade, a suposição da autonomia como um princípio universal liberal parece dar lugar a uma moralidade situacional, moldada pelas compreensões oraculares em torno da ideia de caminho.</p> Ava Cruz Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43385 Fri, 23 Aug 2024 00:00:00 +0000