https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/issue/feed Numen 2024-08-23T17:22:58+00:00 Edson Fernando de Almeida edsonfernandodealmeida@gmail.com Open Journal Systems <p>A Numen: Revista de Estudos e Pesquisa da Religião é uma publicação acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião (PPCIR) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que se propõe a ser um espaço para a divulgação de pesquisas relevantes para a compreensão da religião, com abertura para perspectivas diversas e oferecendo oportunidade para contribuições oriundas de diversas áreas de conhecimento.</p> <p>QUALIS A3.</p> https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/40611 A Macaia invade a Selva de Pedra 2023-10-13T16:25:59+00:00 Janaína Gonçalves Hasselmann janaina_historia@yahoo.com.br Roberta Barros Meira rbmeira@gmail.com Dione da Rocha Bandeira dione.rbandeira@gmail.com <p>O artigo tem como objetivo entender o processo de usos de determinados espaços pelos membros da umbanda. Buscou-se compreender a realidade das pessoas ao acessar lugares e paisagens não condicionados à sede onde ocorrem os atos litúrgicos do terreiro. Esses espaços onde se cultivam plantas, ervas e frutas, além de resistirem em meio às edificações residenciais, são referenciais de memória popular e de saberes tradicionais de membros e consulentes da umbanda. Eles contribuem significativamente para a realização das atividades curativas, uma vez que todas as entidades de umbanda são useiras em procedimentos com plantas, frutas e flores. Analisamos as redes de solidariedade que se estabelecem entre assistidos e terreiros e a importância dos sujeitos que cooperam com bens provenientes de seus quintais produtivos. O trabalho propõe uma discussão centrada na relação dinâmica e interdisciplinar entre assistência e entidades do terreiro, por meio da etnografia.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43395 Mitos trágicos, projéteis mágicos 2024-06-07T14:31:49+00:00 Victor Hugo Sampaio Alves victorweg77@gmail.com <p>Uma das narrativas míticas mais marcantes da mitologia nórdica diz respeito à morte do deus Balder, atingido por um ramo de azevinho. A importância desse mito é tamanha que ele é tido pelo evento que precede o Ragnarök, o fim dos deuses e homens. Nosso objetivo é analisar esse mito em suas conexões com certos tipos de magia ofensiva praticadas por especialistas religiosos entre os povos da Escandinávia Medieval, levantando a hipótese de que o mito da morte de Balder seja um vestígio mnemônico da crença em projéteis mágicos que podiam causar dano ou até mesmo levar à morte.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43109 A prática espírita em meio à pandemia 2024-04-05T20:59:33+00:00 Marco Arlindo Tavares marcoatavares@gmail.com <p>Buscou-se refletir o espiritismo a partir dos desafios da pandemia sanitária causada pelo coronavírus e os efeitos dela decorrentes. Os dados foram coletados em data inicial dos fatos pandêmicos e após imunização com segunda dose de vacina, por meio de questionário online na base do Google-forms respondidos por praticantes espíritas das unidades funcionais vinculadas à Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE) e espíritas da cidade de Belo Horizonte como instrumento de controle. Os resultados sugerem que apesar de sentirem os efeitos negativos da pandemia com o fechamento dos centros espíritas, a interdição dos encontros presenciais, bem como sentimentos de angústia, medo e solidão, a religião espírita auxilia os praticantes a enfrentarem os momentos de crise como a pandemia vivenciada no mundo, quando ele foram instigados a traçar alternativas para viabilizar o exercício da prática religiosa por eles confessada.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43103 A origem do Movimento de Natal e do MEB e da colusão do Catolicismo com o Marxismo 2024-04-05T14:24:36+00:00 Renato Amado Peixoto renatoamadopeixoto@gmail.com <p>O Movimento de Natal consubstanciou a primeira iniciativa de ensino à distância de massas e da Pastoral de Conjunto da Igreja Católica, tendo sido ainda o predecessor do Movimento de Educação de Base (MEB), uma iniciativa conjugada da CNBB e do MEC que na década de 1960 utilizou o Método Paulo Freire e o pensamento do padre Henrique Vaz, juntando, nesse esforço, o catolicismo ao marxismo. Utilizamos o aporte teórico de Jacques Derrida e Roger Griffin para analisar as atividades, o contexto e as ideias da Arquidiocese de Natal nas décadas de 1930 a 1950, explicitando que essas atividades desencadearam a&nbsp;aproximação do catolicismo com o marxismo.</p> <p>&nbsp;</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45541 Quando logos implora por thumos 2024-08-12T13:47:53+00:00 Bensussan Gerard jimmy.sudario@gmail.com <p>.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45722 Editorial 2024-08-23T16:52:16+00:00 Edson Fernando de Almeida edsonfernandodealmeida@gmail.com 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45723 Editorial do Dossiê 2024-08-23T16:53:41+00:00 Jonas Roos jonas.roos@yahoo.com.br 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44506 Love (prīti/sneha) as Soteriology 2024-06-13T15:35:39+00:00 Dilip Loundo loundo@hotmail.com <p>O <em>B</em><em>ṛ</em><em>had</em><em>ā</em><em>ra</em><em>ṇ</em><em>yaka Upani</em><em>ṣ</em><em>ad</em> ocupa um lugar elevado no firmamento da tradição filosófico-soteriológica indiana. Além de sua antiguidade incontroversa, que remonta aos tempos pré-budistas, o <em>B</em><em>ṛ</em><em>had</em><em>ā</em><em>ra</em><em>ṇ</em><em>yaka Upani</em><em>ṣ</em><em>ad</em> é considerado por todas as escolas do Vedānta um dos Upaniṣads mais importantes. Ele incorpora, como talvez nenhum outro, o conhecimento fundamental (<em>jñ</em><em>ā</em><em>na</em>) e a disciplina devocional (<em>bhakti</em>) que conduz à Libertação definitiva (<em>mok</em><em>ṣ</em><em>a</em>) da ignorância (<em>avidy</em><em>ā</em>) e do sofrimento existencial (<em>du</em><em>ḥ</em><em>kha</em>). O objetivo do presente artigo é analisar os conteúdos fundamentais do “Diálogo Yājñavalkya-Maitreyī”, que adorna a seção 2.4.1-14 do <em>B</em><em>ṛ</em><em>had</em><em>ā</em><em>ra</em><em>ṇ</em><em>yaka Upani</em><em>ṣ</em><em>ad</em>, e cujo tema principal é o Amor (<em>pr</em><em>ī</em><em>ti</em>/<em>sneha</em>). A análise seguirá um viés comparativo, colocando frente a frente as hermenêuticas textuais de duas das principais escolas do Vedānta, a saber, o Advaita Vedānta (Não-Dualidade) e o Dvaita Vedānta (Dualidade) - muitas vezes vistas, em círculos ocidentais, como correntes filosóficas mutuamente excludentes.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43609 Rādhā 2024-06-24T22:02:12+00:00 Romero Carvalho srikrsnamurti@gmail.com <p>Neste artigo, apresento o culto à Deusa Rādhārāṇī como algo proeminente no Vaiṣṇavismo Gauḍīya, a partir dos tratados do século XV sobre <em>bhakti-yoga</em>, o teísmo devocional hindu. Antes desta literatura de <em>bhakti</em>, Rādhārāṇī já era mencionada em livros sagrados do Vaiṣṇavismo hindu e já possuía um culto na linha Vaiṣṇava do mestre Nimbārka&nbsp;Ācārya. Porém, o seu papel como Divindade Suprema ficaria mais evidente após este período chamado de Renascimento de Bhakti, com algumas outras escolas filosóficas enfatizando Rādhā como a Realidade Última. Apresentaremos um histórico do culto e uma análise sobre os principais aspectos atribuídos a Rādhārāṇī, apresentada como a epítome de todo o amor possível por Deus e tida como a própria manifestação pessoal do amor divino, Deusa Suprema e primordial. Teremos como base principal os textos sagrados da tradição e comentários de teólogos, mestres e estudiosos.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43739 O amor advaita como caminho para o Diálogo Inter-Religioso na perspectiva de Raimon Panikkar 2024-05-28T21:00:03+00:00 Rita Macedo Grassi ritagrassi2010@gmail.com <p>Raimon Panikkar (1918-2010) foi um dos principais expoentes do diálogo inter-religioso. Este artigo procura investigar de que forma a perspectiva <em>advaita</em> do Hinduísmo está inserida no pensamento de Panikkar, como o que ele denomina de “amor <em>advaita</em>” e, assim, se constitui como caminho de construção do diálogo inter-religioso. Para tal, contextualizamos o <em>advaita</em> e a sua aplicação pelo autor em sua teoria da <em>visão cosmoteândrica</em>, baseada na Trindade cristã, em seu conceito de <em>Cristofania</em> e na sua compreensão da Teologia do Pluralismo Religioso, através de uma “atitude pluralista”. Identificamos, então, o <em>advaita</em> em sua teoria de <em>diálogo intra-religioso</em>, como o encontro do outro em si mesmo através do “amor <em>advaita</em>”, em uma peregrinação que acontece na interioridade do ser humano, paralelamente ao diálogo inter-religioso. Trata-se de uma pesquisa teórica, em perspectiva metodológica crítico-analítica, tendo em vista a sua aplicação no diálogo inter-religioso, embasada na bibliografia de Panikkar.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44116 O desejo (eros) pelo conhecimento em Platão 2024-06-17T19:03:36+00:00 Marcus Reis Pinheiro neoplatonismo@gmail.com <p>Neste ensaio, gostaria de aproximar estes dois âmbitos dos textos platônicos, tanto sua filosofia erótica que tem relações com o mundo concreto de desejo e paixão, quanto esse anseio pelo espiritual, pelo divino, pelo conhecimento puro, pelas coisas em si mesmas. Para tanto, quero descrever alguns elementos dos diálogos <em>Fedro</em> e <em>Banquete</em> mas também alguns do <em>Teeteto</em>. Em um primeiro momento, quero trabalhar um pouco a ideia de uma mística erótica platônica. Esta expressão, mística erótica, contém dois termos que podem parecer antitéticos, já que a mística seria o encontro do humano com o divino e a erótica retrata elementos corporais, sensuais, em geral tratando do encontro do humano com outro humano. No entanto, há já uma tradição longa de utilização de termos eróticos na descrição do que seria propriamente o encontro místico e Platão é um capítulo importante desta forma de descrever a mística. Depois, em um segundo momento, pretendo explorar um trecho do diálogo o <em>Teeteto</em> para indicar como a contemplação da natureza tipicamente filosófica é uma forma de assemelhar-se a deus, tornando-se uma pessoa virtuosa e sabia. Assim, busco apresentar como o desejo pelo conhecimento em Platão remete a uma vitalidade total do humano, fazendo da filosofia não apenas uma investigação abstrata operada pelo intelecto, mas uma forma de vida total.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43719 A personagem feminina como ponte para a ascensão pela via do amor no conto Substância de João Guimarães Rosa 2024-07-22T22:29:19+00:00 Marcio Cappelli Alo Lopes marcio.lopes@puc-campinas.edu.br Maria Luísa Magnani mluisamagnani@gmail.com <p>a proposta deste artigo é abordar o desenvolvimento da mística a partir do conto <em>Substância</em> de João Guimarães Rosa, em que a presença da figura feminina se faz essencial para o movimento de ascensão do casal. Tendo esse objetivo em vista, buscamos nos deter a uma leitura atenta e cuidadosa do conto, de modo a escutar a própria mística que se deixa ressoar. Preservando a autonomia da obra, notamos que o desenvolvimento da mística repousa no amor nutrido pelo casal. Neste movimento, a personagem Maria Exita se faz relevante como guia que conduz Sionésio em sua conversão até que o amor entre o casal os eleva ao encontro da unidade cósmica num momento epifânico. Ao final apresentamos um paralelo do papel desempenhado pela personagem roseana em sintonia com duas personagens da tradição ocidental: a Maria Santíssima do cristianismo e a sacerdotisa Diotima no diálogo <em>O Banquet</em>e de Platão.</p> <p>&nbsp;</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43425 O esplendor da caridade 2024-07-22T19:39:39+00:00 Elton Roney da Silva Carvalho eltonsilvacarvalho@hotmail.com Ana Beatriz de Andrade Borba Delgado anabeatriz.acad@gmail.com <p><span id="E172" class="qowt-font4-MaiandraGD">Este artigo </span><span id="E173" class="qowt-font4-MaiandraGD">apresenta</span><span id="E174" class="qowt-font4-MaiandraGD"> a filosofia agostiniana do amor, </span><span id="E175" class="qowt-font4-MaiandraGD">fundamentado</span><span id="E176" class="qowt-font4-MaiandraGD"> nas Confissões de Santo Agostinho, onde a caridade é destacada como a mais virtuosa manifestação do amor, orientando os demais afetos humanos. A pesquisa adotou a metodologia da pesquisa bibliográfica nas principais obras de Agostinho sobre o tema do amor e virtudes, assim como em estudos religiosos relevantes. </span><span id="E177" class="qowt-font4-MaiandraGD">Assim, o</span><span id="E178" class="qowt-font4-MaiandraGD"> texto destaca a busca pela verdade, transformação do coração e prática da caridade como expressões genuínas do amor, enfatizando a formação de um caráter virtuoso como a própria felicidade. </span><span id="E179" class="qowt-font4-MaiandraGD">Na apresentação dos resultados, constatamos</span><span id="E180" class="qowt-font4-MaiandraGD">, </span><span id="E181" class="qowt-font4-MaiandraGD">que </span><span id="E182" class="qowt-font4-MaiandraGD">a ordem do amor</span><span id="E183" class="qowt-font4-MaiandraGD">, em Agostinho,</span><span id="E184" class="qowt-font4-MaiandraGD"> é </span><span id="E185" class="qowt-font4-MaiandraGD">uma condição</span><span id="E186" class="qowt-font4-MaiandraGD"> para a </span><span id="E187" class="qowt-font4-MaiandraGD">real </span><span id="E188" class="qowt-font4-MaiandraGD">prática da caridade, </span><span id="E189" class="qowt-font4-MaiandraGD">que o autor entende</span><span id="E190" class="qowt-font4-MaiandraGD"> como o objetivo final da formação religiosa.</span></p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44343 Amor (‘ishq) e reprovação (malāmat) no Sawaneh de Ahmad Ghazālī 2024-05-20T20:48:42+00:00 Cecilia Cintra Cavaleiro de Macedo ceciliacmcavaleiro@gmail.com <p>Ahmad Ghazālī, irmão mais novo do célebre Abū Ḥāmid al- Ghazālī, foi escritor, eloquente pregador e místico persa de orientação sunita, e também chegou a ser diretor da Al-Nizamiyya de Bagdad, substituindo o irmão. Sua obra mais conhecida é o Sawaneh (سوانح ), um pequeno tratado sobre o amor, escrito em torno a 1114, composto por 75 pequenos capítulos. &nbsp;O pensamento de Ahmad Ghazālī, centrado na ideia de amor, deixou uma marca profunda no desenvolvimento da literatura mística islâmica persa. Neste artigo pretendemos abordar a importância da ideia de reprovação no caminho do amor proposto por Ahmad Ghazālī e a possível influência recebida dos <em>Malam</em><em>āti</em> de Nishapur.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/45282 Amor, um vício disfarçado? 2024-07-31T18:37:04+00:00 Jonas Roos jonas.roos@yahoo.com.br Presley H. Martins presley.hmartins@gmail.com <p>O objetivo principal deste artigo é mostrar que, a partir de uma análise de <em>As Obras do Amor</em>, percebe-se que nesta obra Kierkegaard não apenas está ciente da crítica moral às motivações egoístas de nossas ações, como apontada por La Rochefoucauld em <em>Reflexões ou Sentenças e Máximas Morais</em>, mas também elabora o que pode ser lido como uma resposta a esse problema. Inicialmente abordaremos a crítica de La Rochefoucauld a certo perfil de ações morais. Em seguida, analisaremos como Kierkegaard pensa o amor a partir de sua ação prática, seus frutos. Essa prática do amor será enriquecida com uma análise dos conceitos de dever de amar e de próximo. A relação entre esses conceitos fornece parâmetros para se pensar numa ação ética que esteja para além do egoísmo. Por fim, nas conclusões, apontaremos como Kierkegaard fornece elementos importantes para uma resposta às profundas questões analisadas por La Rochefoucauld.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/44540 Sobre amores e amor 2024-05-28T18:49:26+00:00 Maria Clara Lucchetti Bingemer agape@puc-rio.br <p>O presente artigo procura refletir sobre alguns dos textos da psicanalista búlgaro-francesa Julia Kristeva procurando com eles dialogar a partir da teologia. Apresentam-se, portanto, aqui alguns escritos da pensadora, mas igualmente traços de sua biografia que se entrelaçam com o tema proposto. &nbsp;A intenção é perceber como o diálogo com seu pensamento pode fecundar a teologia e abrir-lhe novas perspectivas.&nbsp;</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43434 O amor entre o desejo e a culpa. 2024-04-23T19:52:24+00:00 André Luiz Boccato de Almeida a.l.boccato@gmail.com Lúcia Eliza Ferreira Albuquerque lucia.elizaazile@gmail.com <p>O artigo analisa o amor na perspectiva cristã, articulando sua dimensão mais geral, ou seja, antropológica, com as novas experiências contemporâneas. Enseja-se abordá-lo em conexão com o desejo e a culpa, já que o tema está relacionado com o do corpo, da sexualidade e enquanto caminho de amadurecimento humano. Dele, abordaremos a novidade e profundidade da experiência cristã e sua proposta humanizadora. Para isso, a análise se dará em três momentos: a) apresentar o sentido do amor e sua expressão antropológica; b) enfatizar a peculiaridade do amor na perspectiva cristã, a passagem da expressão erótica para a agápica; e c) refletir o entendimento cristão com as novas experiências amorosas, como a união homoafetiva, as novas formas de monogamia e as relações amorosas líquidas. A metodologia é a da análise fenomenológica e interpretativa das fontes ocidentais, cristãs com as novas abordagens sobre o sentido do amor e da sexualidade humana.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/43385 Magias, oferendas e feitiços 2024-07-22T21:40:16+00:00 Ava Cruz ava.cruz001@gmail.com <p>Este artigo investiga as dinâmicas rituais e morais relacionadas à execução dos trabalhos de amor, destacando seu status como um domínio altamente controverso no contexto afro-religioso brasileiro. Utilizando a experiência de praticantes que promovem serviços espirituais por meio de cartazes em postes e plataformas virtuais como ponto de partida, analiso a abrangente categoria de "trabalho de amor" como um termo guarda-chuva que engloba várias formas de magia, oferendas, simpatias e feitiços, cada qual aplicada em contextos específicos. Em particular, busco compreender as relações contingenciais que emergem entre esses praticantes e a execução desses trabalhos, enfatizando a influência dos oráculos na delimitação de fronteiras morais específicas. Analiso as concepções nativas de "ter caminho", conforme mediado pelo oráculo, e seu impacto na perspectiva dos agentes desse campo em relação a ideais de autonomia, destino e livre arbítrio no que se refere à execução desses serviços. Por fim, questiono essas mesmas noções de autonomia e livre arbítrio com base em minha experiência etnográfica ao ser consultada por esses profissionais em Salvador. Argumento que não é o livre arbítrio que fundamenta a moralidade mágica. Na verdade, a suposição da autonomia como um princípio universal liberal parece dar lugar a uma moralidade situacional, moldada pelas compreensões oraculares em torno da ideia de caminho.</p> 2024-08-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Numen