A Macaia invade a Selva de Pedra

os quintais produtivos da assistência e sua contribuição para o patrimônio da saúde umbandista

Autores

  • Janaína Gonçalves Hasselmann Univille
  • Roberta Barros Meira Univille
  • Dione da Rocha Bandeira

DOI:

https://doi.org/10.34019/2236-6296.2024.v27.40611

Resumo

O artigo tem como objetivo entender o processo de usos de determinados espaços pelos membros da umbanda. Buscou-se compreender a realidade das pessoas ao acessar lugares e paisagens não condicionados à sede onde ocorrem os atos litúrgicos do terreiro. Esses espaços onde se cultivam plantas, ervas e frutas, além de resistirem em meio às edificações residenciais, são referenciais de memória popular e de saberes tradicionais de membros e consulentes da umbanda. Eles contribuem significativamente para a realização das atividades curativas, uma vez que todas as entidades de umbanda são useiras em procedimentos com plantas, frutas e flores. Analisamos as redes de solidariedade que se estabelecem entre assistidos e terreiros e a importância dos sujeitos que cooperam com bens provenientes de seus quintais produtivos. O trabalho propõe uma discussão centrada na relação dinâmica e interdisciplinar entre assistência e entidades do terreiro, por meio da etnografia.

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Biografia do Autor

Janaína Gonçalves Hasselmann , Univille

Pesquisadora de saberes tradicionais em religiosidades afro-ameríndias. Graduada em História pela Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE (2007). É Mestra em Patrimônio Cultural e Sociedade, na Área de Concentração Patrimônio Cultural, Identidade e Cidadania pela Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE (2018), com bolsa de pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). É Doutoranda pelo PPG Patrimônio Cultural e Sociedade. Bolsista CAPES, com dedicação exclusiva.

Roberta Barros Meira, Univille

Bacharel e licenciada em Historia pela Universidade Federal Fluminense, mestrado e doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo. Docente do curso de História e do Programa em Patrimônio Cultural e Sociedade e do Departamento de História da Universidade da Região de Joinville - Univille. Coordena o grupo de pesquisa Estudos sobre circulação de saberes, natureza e agricultura (CANA). Vice-coordenadora do GT Patrimônio Cultural da ANPUH-SC. Vice-editora da Revista História e Economia e Coeditora da Revista Confluências Culturais. Coordenadora do NEAB-Univille (2020-2022). Integra o grupo de pesquisa Dimensões do Regime Vargas e seus desdobramentos, coordenado pelo professor Orlando de Barros (UERJ) e Thiago Mourelle (Arquivo Nacional). Tem experiência na área de História do Brasil, com estudos no campo do patrimônio ambiental e políticas agrícolas.

Dione da Rocha Bandeira

Arqueóloga, bacharel em Ciências Biológicas e mestre em Antropologia Social pela UFSC e doutora em História pela UNICAMP. Professora do Programa de Pós-graduação interdisciplinar em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE linha Patrimônio, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Coordenadora do Laboratório de Arqueologia e Patrimônio Arqueológico/LAPArq da Univille. É uma das coordenadoras do grupo de pesquisa vinculado ao Diretório de Grupos do CNPq - Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural (GEIPAC), coordenando a Linha Arqueologia e Cultura Material (ARQUEOCULT) Coordenadora e professora do curso de especialização em Arqueologia desta Universidade. Professora dos cursos de graduação em Biologia Marinha e História da Univille. Arqueóloga no Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville/MASJ. Atuando na pesquisa interdisciplinar do patrimônio cultural com ênfase na cultura material e patrimônio arqueológico pré-colonial e histórico; na gestão pública do patrimônio cultural nos contextos urbano e rural; em estudos com sítios e acervos arqueológicos e suas relações com museus. Desenvolve projetos sobre sambaquis e povos ceramistas na perspectiva da zooarqueologia, etnicidade e arqueologia e meio ambiente. Atua também na Arqueologia Preventiva realizando estudos arqueológicos para licenciamentos ambientais. É sócia efetiva da Sociedade de Arqueologia Brasileira/SAB, da ANINTER - SH e do ICOMOS.

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Publicado

2024-08-23

Como Citar

GONÇALVES HASSELMANN , J. .; BARROS MEIRA, R.; DA ROCHA BANDEIRA, D. A Macaia invade a Selva de Pedra: os quintais produtivos da assistência e sua contribuição para o patrimônio da saúde umbandista . Numen, [S. l.], v. 27, n. 1, 2024. DOI: 10.34019/2236-6296.2024.v27.40611. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/40611. Acesso em: 21 dez. 2024.