Psicopolítica, Tradição e Cultura como um Modo da Natureza: um Estudo Comparativo entre Gandhi e Comunicação Distribuída / Psychopolitics, Tradition and Culture as a Way of Nature: A Comparative Study between Gandhi and Distributed Communication
Resumo
Resumo
Este artigo avança o entendimento de que apenas uma perspectiva psicopolítica aberta epistemicamente à sedimentação das tradições permitea superação efetiva do privilégio epistêmico que move as teorias do
progresso e a irresponsabilidade de seus resultados psíquicos, sociais e ambientais, apoiadas que são por sua replicação na Academia através da teoria da escolha racional e seus deslocamentos pós-modernos que, ao restringir a política e a razão humana à abstração reificada do mercado e à ideia da escassez social, fazem com que o conhecer e o agir se tornem reiterar o que se vê. Investiga-se aqui como a filosofia política de Mohandas Karamchand Gandhi, ao sedimentar interculturalmente tradições das
perspectivas civilizatórias da Índia e do Ocidente pré ou não-moderno, está centrada na razão cognitiva e axiológica exercidas no controle do processo de formação da vontade, condição imperativa para a livre atividade política como demandada pela comunicação distribuída, sustentabilidade e cooperação; somente a descolonização que a agência individual faça em seu próprio território mental permite a configuração de novas, coletivas e soberanas vidas, carreiras, políticas, negócios, programas e projetos. Para isto recepciona-se trabalhos de autores diversos, que apresentam sincronicidade relevante, entre eles André Mattelart, Ashis Nandy, Boaventura de Souza Santos, Bruno Sciberras de Carvalho, Néstor Garcia Canclini, Henrique Antoun, Frantz Fanon, Joel Birman, Martín-Barbero e Terry Eagleton.
Palavras-chave: Gandhi; Psicopolítica; Território mental; Gestão da mente; Autogoverno; Comunicação distribuída.
Abstract
This paper advances the understanding that only a psychopolitics perspective, epistemically open to the sedimentation of traditions, allows overcoming the effective epistemic privilege that moves the theories of progress and the irresponsible of their psychic results, social and environmental, that are supported by the Academy through its replication of rational choice theory and its post-modern movements that restrict the political and human reason to the reified abstraction of the market and to the idea of social scarcity, make knowing and acting become just to repeat what it’s seen. It is investigated here how the political philosophy of Mohandas Karamchand Gandhi, in setting up interculturally traditions from civilizing perspectives of India and the West pre-modern or not, focuses on cognitive and axiological reason exercised in controlling the formation process of the will, mandatory requirement for free political activity as demanded by the distributed communication, cooperation and sustainability; only decolonization that individual agency do in his own mental territory allows the configuration of new, collective and sovereign lives, careers, politics, business, programs and projects. For this purpose, the article works with many authors who have relevant synchronicity, among them André Mattelart, Ashis Nandy, Boaventura de Souza Santos, Bruno de Carvalho Sciberras, Nestor Garcia Canclini, Henrique Antoun, Frantz Fanon, Joel Birman, Martín-Barbero and Terry Eagleton.
Keywords: Gandhi; Psychopolitics; Mental territory; Mind management; Self-government; Distributed communication.
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