O Caráter Não-Absoluto do Cristianismo

Autores

  • John Hick

Resumo

Este ensaio começa com um questionamento da presunção acerca do "caráter absoluto do Cristianismo", uma questão com a qual o teólogo, filósofo e sociólogo da religião Emst Troeltsch debateu-se no começo de nosso século. A seguir, ele arquiteta sua discussão chamando atenção para os efeitos destrutivos práticos da presunção teórica de superioridade cristã. Transitando de várias maneiras entre questões teóricas e práticas, e expondo suas implicações recíprocas, o ensaio acrescenta algumas observações sobre a passagem irreversível, em grande partejáocorrida, de um exclusivismo teológico para um inclusivismo que esteja em condições de abordar positivamente a realidade do pluralismo religioso. O ensaio trata das tradições religiosas universais e pergunta por suas potenciais contribuições para a transformação individual e social. Mas sua realização central está em seu intento tanto lúcido quanto bem-sucedido de desacreditar a idéia de um vínculo necessário e de jure entre o Cristianismo, por um lado, e a ciência, a tecnologia e a democracia modernas, por outro. Dessa forma, por causa de sua lealdade comum à Regra de Ouro, e apesar dos males que ajudaram a sacralizar, todas as religiões universais podem ser vistas como contribuindo, numa parceria em pé de igualdade, rumo a uma forma moral e espiritual superior da vida humana.

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Publicado

2010-11-15

Como Citar

HICK, J. O Caráter Não-Absoluto do Cristianismo. Numen, [S. l.], v. 1, n. 1, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/21760. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos