Marguerite Porete: Mística, Apofatismo e Tradição de Resistência

Autores

  • Sílvia Schwartz UFJF

Resumo

 

A espiritualidade Cristã da Alta Idade Média foi marcada por uma surpreendente quantidade de autoras místicas, cujas obras apresentavam certas características comuns. Marguerite Porete, queimada como herege em 1310, representa uma dissonância nessa espiritualidade caracterizada como feminina. Em seu discurso místico, predominantemente apofático, há uma espécie de desconstrução de pressupostos filosóficos e teológicos da época, bem como um ponto de vista feminino definido em relação a si mesmo, e não ao masculino, como era padrão. A partir de uma leitura do feminismo contemporâneo, tomando por base os trabalhos de Luce Irigaray, onde a questão da construção da subjetividade feminina e do relacionamento da mulher com Deus estão em debate, é possível ver na obra de Porete um exemplo da apropriaçâo do feminino como verdadeira alteridade.

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Biografia do Autor

Sílvia Schwartz, UFJF

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Publicado

2010-09-16

Como Citar

SCHWARTZ, S. Marguerite Porete: Mística, Apofatismo e Tradição de Resistência. Numen, [S. l.], v. 6, n. 2, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/21648. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos