Metalinguagem e experimentalismo intermidiático na graphic novel “META”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/2525-7757.2024.v10.45597

Palavras-chave:

Metalinguagem, Intermídia, História em quadrinhos, META

Resumo

O objetivo deste trabalho é refletir sobre as relações intermidiáticas presentes nas obras de Saravá, Vigñole, Freitas e Manes, META – Depto. de Crimes Metalinguísticos (2020), vencedora do Prêmio Jabuti 2021 de Melhor História em Quadrinhos e META 2 (2022), considerando os efeitos de metalinguagem e intertextualidade enquanto exercício crítico e paródico. Para compreender o uso de elementos intertextuais, intermidiáticos e metatextuais foram estudados os conceitos de intermidialidade de Claus Clüver (2006) e de Irina Rajewsky (2012); as discussões sobre intertextualidade propostas por Julia Kristeva (1969) e Tiphaine Samoyault (2008); as pesquisas sobre metalinguagem de Roberto Elísio dos Santos (2013) e Gabriel Soares; além das ideias sobre paródia de Bakhtin (2002). As análises voltaram-se para o modo como os elementos da linguagem dos quadrinhos foram acionados, como a diagramação das páginas, o uso dos requadros, os balões de fala, a caracterização de personagens, cenários, onomatopeias, referências culturais, etc. Por meio da META, uma polícia secreta investiga casos ocorridos em universos diferentes, com detetives que atuam nos quadrinhos, teatro, literatura e cinema, as obras discutem a quebra da quarta parede, jogando com as fronteiras e os trânsitos entre a ficção e o mundo dos leitores e
das leitoras. Os autores brincam com a metalinguagem de uma maneira crítica e expressiva, lançando mão de citações e construindo diálogos intertextuais com quadrinistas nacionais e internacionais. Os desenhos e a diagramação das páginas fazem paródias de vários estilos artísticos, constituindo um exercício estético e poético de narrar histórias sobre o ato de contar histórias.

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Biografia do Autor

Marilda Lopes Pinheiro Queluz

Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Mestre em História pela UFPR, graduada em História e Artes pela UFPR, professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR

Rebeca Pinheiro Queluz, UFPR

Possui graduação em Bacharelado em Letras Português/Inglês- Tradução pela Universidade Federal do Paraná e em Licenciatura Português/Inglês na Universidade Federal do Paraná. É mestre em Literatura pela Universidade Federal do Paraná e Doutora em Literatura pela Universidade Federal do Paraná e estuda as adaptações de Shakespeare para os quadrinhos.

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Publicado

2024-12-12

Edição

Seção

Artigos