As ruínas de um tempo
o Salão e os Impressionistas
DOI:
https://doi.org/10.34019/2525-7757.2020.v5.32615Palavras-chave:
Nostalgia; Tempo; Perda de si; Estética; Romance francêsResumo
O artigo analisa o romance Forte como a morte, de Guy de Maupassant, em que o escritor francês narra a vida do célebre artista Olivier Bertin, pintor dos retratos das mais belas mulheres de Paris, que vive um romance com Anne de Guilleroy, casada com o deputado M. de Guilleroy. A partir do regresso da jovem Anette, o retrato vivo da mãe durante a juventude, o autor reflete sobre a passagem do tempo e a sua influência sobre as paixões, o amor e a arte. Quando a realidade contradiz os desejos das personagens principais do romance, que envelheceram ao longo dos anos, elas se tornam nostálgicas e começam a se evadir no tempo, povoando suas próprias fantasias com imagens de uma antiga beleza e felicidade que foram vivenciadas no passado. Dessa forma, analisa-se a “perda de si” das personagens do romance que reconhecem a perda de uma parte de suas existências da qual não podem desligar sua libido, ou seja, uma representação de si no passado que é mantida idealizada, cuja relação amorosa se perdeu como objeto de amor.
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