O mercado de arte contemporânea: novos canais, velhas estruturas

Autores

  • Pau Waelder

Resumo

A popularização da World Wide Web em meados da década de 1990 ofereceu novos canais de divulgação de conteúdos, plataformas para comunidades virtuais e um crescente mercado de comércio eletrônico. No mundo da arte, a rede tem destinado a alguns artistas um espaço para experimentar e divulgar livremente seu trabalho, enquanto a maioria das instituições e dos agentes do mercado de arte contemporânea tem ignorado as suas possibilidades, demonstrando falta de interesse por sua presença em sites e redes sociais até o final da década de 2000. Atualmente, observa-se, por um lado, uma série de propostas desenvolvidas por artistas, colecionadores e algumas galerias para a venda de obras de arte digital, tentativas de integração da net art e da arte digital no mercado da arte contemporânea. Por outro lado, o uso generalizado de dispositivos como smartphones, tablets e smart TVs, bem como a consolidação do comércio eletrônico, tem despertado o interesse de vários marchands e de grandes investidores devido às possiblidades oferecidas pela rede. Criaram-se, pois, nos últimos anos, várias plataformas de divulgação e venda de arte contemporânea na Internet com o apoio de grandes galerias e artistas consagrados. Este artigo propõe uma análise das diferentes iniciativas que estão sendo desenvolvidas para a venda de arte contemporânea on-line, inserindo-as no contexto das estruturas tradicionais do mercado de arte. A partir desta análise, propomos distintas conclusões que apontam para a possível evolução futura do mercado de arte na Internet.

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Publicado

2020-10-06

Edição

Seção

Parte III - Cultura e Arte Contemporânea