Cooperativas artísticas: o exemplo dos centros de arte indígena da Austrália

Autores

  • Ilana Seltzer Goldstein

Resumo

Objetos e imagens dos povos indígenas da Austráliaforam gradualmente artificados, ao longo do século XX, atingindo, nos anos 1990 e 2000, um verdadeiro boom, em termos de mercado de arte e de penetração no circuito expositivo. Isso se deve à criação de políticas públicas específicas para o setor e ao desejo dos próprios aborígenes de registrarem, por meio da arte, fragmentos de seu universo mítico e de seu modo de vida tradicional. Parte da força do sistema de arte indígena australiano vem do modo de organização no polo da produção: o cooperativismo. O presente artigo aborda justamente os “art centres”, cooperativas instaladas em comunidades aborígenes da Austrália. Existem hoje mais de 70 organizações autogeridas dessa natureza, cujo papel principal é mediar as relações entre os artistas, o mercado, os museus e o Estado. Após uma introdução panorâmica ao modelo dos centros de arte, será apresentado um caso etnográfico particular.

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Publicado

2020-10-06

Edição

Seção

Parte III - Cultura e Arte Contemporânea