Potência frágil da arte contemporânea: terapêuticas antropofágicas em tempos de florestas, museus laboratórios

Autores

  • Luiz Guilherme Vergara

Resumo

Propõe-se abordar neste artigo como potências frágeis as viradas terapêuticas antropofágicas no sentido de conectividade e acontecer solidário da arte. Por diferentes décadas e contextos observam-se as contínuas eclosões e ressurgências de movimentos e manifestações culminantes que apontam e demandam por mudanças éticas do acontecimento artístico no mundo. No entanto, são frágeis e efêmeras como pulsações e subversões nas ordens, práticas e hierarquias das instituições percebidas na escala de microgeografias de resistência coletiva e ambiental. Precisamos retomar o tema das antropofagias terapêuticas, micropolíticas ou microgeografias da esperança, justamente quando a barbárie neoliberal corrupta invade os saberes coletivos da floresta-mundo. Como subverter ainda o desencantamento da razão dominante nessa escrita? Precisamente, diante destas nebulosas formas de corrupções que regem as manobras políticas neoliberais é que se faz necessário rever princípios de uma ética tripartida para a arte como conectividade entre criação/liberdade; humanidade-relações humanas de colaboração e solidariedade; e a Terra em sua chamada urgente pela quebra do antropocentrismo. Cabe nesta abordagem o resgate de uma ética espinosiana como potência frágil infinita que expande os sentidos públicos de arte-mundo como conectividade e agenciamentos que atravessam museus paralaboratórios – escolas-florestas sem paredes.

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Publicado

2020-09-21

Edição

Seção

Dossiê: Arte, Mundo