Em torno dos cadernos, a escrita ‘desfigurada’?

o caso dos 503 cadernos de A. Artaud

Autores

  • Ana Kiffer

DOI:

https://doi.org/10.34019/2525-7757.2019.v4.32086

Resumo

O texto parte da experiência escrituraria de Antonin Artaud (1896-1948),
buscando rever seu “descentramento” político-subjetivo ao longo de toda a sua
trajetória, para pensar na escritura final dos seus inúmeros cadernos asilares –através
também de uma leitura crítica de suas edições- e interrogar de que modo essa prática
escrituraria nos exigiria repensar as concepções de texto e de escrita que vigoraram
e ainda vigoram do século XX aos nossos dias. Isso porque interessa pensar numa
noção de escrita intensiva e ao mesmo tempo precária, que revisita esse autor com
o intuito claro de buscar sua potencia atual, em diálogo com as nossas necessidades
e anseios, fruto de um país (o nosso) ele mesmo “descentrado”, e plantado em
estruturas de extrema violência, segregação e limites objetivos e subjetivos que
encenam através das nossas impossibilidades do dizer (escrever/ler) a necessidade
de dizer (escrever/ler) diferente.

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Publicado

2020-09-10

Edição

Seção

Dossiê: O Desenho em Perspectiva