Consumo, Violência e a constituição de identidades na modernidade tardia
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2021.v15.26158Palabras clave:
Comunicação, Consumo, Identidade, ViolênciaResumen
O objetivo é discutir a constituição de identidades, do ponto de vista da cultura do consumo, pensada no contexto da sociedade midiatizada em que a violência é matéria-prima essencial tanto para os conteúdos jornalísticos como nas relações estabelecidas no mundo virtual. São problematizadas as imbricações entre a cultura do consumo e uma cultura da violência entendendo que esta intersecção se dá por meio do simbólico, em especial no contexto midiático, como estratégia de mobilização dos indivíduos em prol da manutenção das perspectivas hegemônicas. A discussão desenvolve-se a partir do entendimento do consumo como referente fundamental para conformação de narrativas sobre si e sobre o outro, compondo universos simbólicos repletos de significações. A reflexão se dá com base em um levantamento bibliográfico com foco em consumo, violência e identidade, salientando o cultural do consumo, abarcando a violência simbólica e como isso impacta a constituição de identidades na modernidade tardia. A violência é pensada entendendo cultura do consumo e da violência como esferas refletoras de significados ideológicos, que alimentam e são realimentadas pela mídia como fonte e modeladora de informação e experiências sobre as mais diversas questões.
Descargas
Citas
ALONSO, Luis E. La era del consumo. Madrid: Siglo XXI, 2006.
ARENDT, Hannah. A condição humana. 11. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
ARENDT, Hannah. Sobre a violência. 3. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Lisboa: Edições 70, 2007.
BAUMAN, Zigmunt. Sociedade individualizada: vidas contadas e histórias vividas. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BAUMAN, Zigmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. O mundo dos bens: para uma antropologia do consumo. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2004.
EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2011.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora UNESP, 1991.
HALL, Stuart. A identidade cultual na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HJARVARD, Stig. Midiatização: teorizando a mídia como agente de mudança social e cultural. Matrizes, v.5, n.2, p.53-92, 2012. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/download/38327/41182>. Acesso em: 15 abr. 2019.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Diversidade em convergência. Matrizes, v.8, n.2, p. 15-33, 2014. Disponível em: <.https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/download/90445/93215/0>. Acesso em: 22 abr. 2019.
MARTIN-BARBERO, Jesús. Tecnicidades, identidades, alteridades: mudanças e opacidades da comunicação no novo século. In: MORAES, Dênis de (org.). Sociedade midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad X, 2006, p.51-79.
MENDONÇA, Maria Luiza. Comunicação e cultura: um novo olhar. In: SOUSA, Mauro Wilton de (org.). Recepção mediática e espaço público: novos olhares. São Paulo: Paulinas, 2006, p.27-38.
MICHAUD, Yves. A violência. São Paulo: Ática, 1989.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Portugal: Publicações Europa-América, 1990.
ORTIZ, Renato. Violência e globalização. Comunicação & Educação, ano VIII, p.12-28, 2002. Disponível: <https://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/37014>. Acesso em: 27 abr. 2019.
SILBERMAN, Sarah Garcia; LIRA, Luciana Ramos. Medios de comunicación y violencia. México: Instituto Mexicano de Psiquiatría y Fondo de Cultura Económica, 1998.
SILVA, Tomaz T. da. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, Tomaz T. da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2009, p.73-102.
SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia? 2. ed. São Paulo: Loyola, 2002.
SLATER, Don. Cultura do consumo & modernidade. São Paulo: Nobel, 2002.
SOREL. Georges. Reflexões sobre a violência. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
SOUKI, Nadia. Hannah Arendt e a banalidade do mal. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
TONDATO, Marcia P. Identidades múltiplas: meios de comunicação e a atribuição de sentido no âmbito do consumo. In: TEMER, Ana Carolina R. P. (org.). Mídia, Cidadania e Poder. Goiânia: Facomb/FUNAPE, 2011, p.153-174.
TONDATO, Marcia P. “Uma perspectiva teórica sobre consumo e cidadania na contemporaneidade”. Conexiones: Revista Iberoamericana de Comunicación, Barcelona, v. 2, n. 2, p.5-18, 2010. Disponível em: <https://centresderecerca.uab.cat/oic/content/volumen-2-numero-2#PER>. Acesso em: 30 mar. 2021.
TONDATO Marcia P. Cultura e ideologia na atribuição e significados aos produtos televisivos. Revista ALAIC, ano IV, n. 7, p. 124-136, 2007. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/associa/alaic/revista/r7/ccientifica_02.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2019.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz T. da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2009, p.7-72.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).