Subculturas, re(a)presentação e autoironia em sites de rede social: o caso da fanpage “Gótica Desanimada” no Facebook

Autores

  • Adriana Amaral Unisinos
  • Camila Barbosa Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Beatriz Polivanov Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2015.v9.21219

Palavras-chave:

subculturas, re(a)presentação, autoironia, Facebook, Gótica Desanimada.

Resumo

O artigo tem como objetivo debater sobre a re(a)presentação de uma subcultura, a partir da noção de autoironia, em sites de rede social. Abordamos como os góticos têm sido pautados pela fanpage “Gótica Desanimada” no Facebook para refletimos sobre a força do humor em associação com uma subcultura no contexto digital. Tal discussão se ancora em quatro vetores principais a partir da análise qualitativa das postagens, com especial atenção aos memes da referida fanpage. Tais vetores dizem respeito: a) ao comportamento e aos modos de expressão, b) às roupas e ao vestuário, c) às bandas/grupos e personagens da cena e d) aos filmes/TV relacionados ao Gótico. A partir da análise exploratória, percebemos que a autoironia tanto reforça estereótipos desta subcultura como auxilia a desconstruí-los – quando mostra atravessamentos com outras culturas e produtos midiáticos, por exemplo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana Amaral, Unisinos

Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Doutora em Comunicação Social pela PUCRS com Estágio de Doutorado pelo Boston College (EUA). Pesquisadora do CNPq. Coordenadora do GP Cibercultura da Intercom e Líder do Grupo de Pesquisa CULTPOP – Cultura Pop, Comunicação e Tecnologias. E-mail: adriana.amaral08@gmail.com.

Camila Barbosa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com estágio de doutorado sanduíche na Universidade Nova de Lisboa. E-mail: camilacor@gmail.com.

Beatriz Polivanov, Universidade Federal Fluminense

Professora do Departamento de Estudos Culturais e Mídia, bem como do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, pelo qual se titulou doutora e realizou pesquisa de pós-doutorado com bolsa CAPES. Pesquisadora do LabCult/UFF. E-mail: beatriz.polivanov@gmail.com.

Referências

AMARAL, Adriana. Cybersubculturas e cybercenas: explorações iniciais das práticas comunicacionais electro-goth na Internet. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, vol. 1, n. 33, 2007.
AMARAL, Adriana. A estética cibergótica na Internet: música e sociabilidade na comunicação do MySpace. Revista Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, v. 9, p. 75-87, 2007b. Disponível em: http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/article/view/90/91
AMARAL, Adriana, SOUZA, Rosana., MONTEIRO, Camila. “De Westeros no #vemprarua à shippagem do beijo gay na TV brasileira”. Ativismo de fãs: conceitos, resistências e práticas na cultura digital. Revista Galáxia, São Paulo, Online, n.29, p.141-154, http://dx.doi.org/10.1590/1982-25542015120250 , jun 2015. Disponível em: < http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/20250/16750>
BADDELEY, Gavin. Goth Chic: um guia para a cultura dark. Rocco: Rio de Janeiro, 2005.
BARBOSA, Camila Cornutti. Celebridades e apropriações humorísticas em blogs: uma análise do “Morri de Sunga Branca” e do “Te Dou Um Dado?”. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tese de doutorado. Defesa em 18 mar. 2015. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/115195
BRILL, Dunja. Goth culture: gender, sexuality and style. Oxford: Berg, 2008.
FREIRE FILHO, João. Reinvenções da resistência juvenil: os estudos culturais e as micropolíticas do cotidiano. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.
FRITH, Simon. Performing Rites: On the Value of Popular Music, 1996.
GARLAND, Jon., HODKINSON, Paul. '“F**king Freak! What the hell do you think you look like?” Experiences of Targeted Victimisation Among Goths and Developing Notions of Hate Crime'. Oxford University Press The British Journal of Criminology, 54 (4), pp. 613-631, 2014.. Disponível em: http://bjc.oxfordjournals.org/content/54/4/613
HESMONDHALGH, David. Subcultures, Scenes or Tribes? None of the Above. Journal of Youth Studies, v. 8, n. 1, 2005. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/13676260500063652
HODKINSON, Paul. 'Ageing in a Spectacular Youth Culture: Continuity, Change and Community in the Goth Scene'. 2nd Edition. Wiley-Blackwell. British Journal of Sociology, 62, pp. 262-282, 2011. Disponível em: http://epubs.surrey.ac.uk/7700/
HODKINSON, Paul. Goth: Identity, Style and Subculture. Oxford: Berg, 2002.
JENSEN, Sune. Repensando o capital subcultural. Revista Eco-Pós, v. 17, n. 3, 2014.
MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos. O declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2002.
POLIVANOV, Beatriz. Dinâmicas identitárias em sites de redes sociais – Estudo com participantes de cenas de música eletrônica no Facebook. Rio de Janeiro: Multifoco, 2014.
PROPP, Vladmir. Comicidade e Riso. São Paulo: Editora Ática, 1992.
STEELE, Valerie; PARK, Jennifer. Gothic: dark glamour. New Haven: Yale University Press, 2008.
THORNTON, Sarah. Club Cultures: Music, Media, and Subcultural Capital. Hanover: University Press of New England, 1996.
ZUIN, Lidia. Kunst ist Krieg. Música industrial e o discurso belicista. Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo da Faculdade Casper Líbero, São Paulo, 2011. Disponível em http://pt.scribd.com/doc/74844617/Kunst-ist-Krieg-Musica-industrial-e-discurso-belicista. Acesso em 05/03/2012.

Downloads

Publicado

2015-12-01

Como Citar

AMARAL, A.; BARBOSA, C.; POLIVANOV, B. Subculturas, re(a)presentação e autoironia em sites de rede social: o caso da fanpage “Gótica Desanimada” no Facebook. Lumina, [S. l.], v. 9, n. 2, 2015. DOI: 10.34019/1981-4070.2015.v9.21219. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/21219. Acesso em: 29 mar. 2024.