Their patrimonialism and ours: bolsonarism and the WarnerMedia case
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2024.v18.44489Keywords:
Media Archeology, Television Studies, Global Populist Rights, Mergers And Acquisitions, Online audiovisualAbstract
Este artigo contribui para a discussão sobre o patrimonialismo recorrente nas relações de propriedade das mídias no Brasil, a partir, todavia, de uma abordagem que toma como objeto um momento particular, com características idiossincráticas dentro dessa trajetória mais extensa. Aqui, analisa-se um instante específico de uma deliberação jurídica com papel relevante no processo de reorganização das mídias no Brasil contemporâneo: a decisão sobre a fusão entre a AT&T e a Time Warner. Contudo, esse evento será aqui tratado tendo em vista um fenômeno que radicaliza tais vínculos patrimoniais: a intervenção dos Bolsonaro em tal acontecimento. A participação dessa família política toma parte em um conjunto de ações: a ameaça de uma medida provisória, a pressão exercida sobre a Anatel, as manifestações públicas sobre o caso. Interpreta-se essa estratégia como um exercício pontual que se integra a um projeto mais extenso, que, pautado pela tentativa de exercer um patrimonialismo específico, tem como horizonte uma mescla de autocracia, oligarquia e iliberalismo emblemático às direitas populistas globais, o qual, neste caso, abarca uma interferência sobre a estrutura dos meios. Analisa-se essa intervenção a partir da arqueologia da mídia, perspectiva atenta à forma que as tecnologias de comunicação adotam.
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