Uma arqueologia do streaming no Brasil: ensaio metodológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.32557

Palavras-chave:

Estudos de Televisão, Arqueologia da Mídia, Audiovisual On-line, SeAC, Streaming

Resumo

A partir da proposta teórica da arqueologia das mídias, esse texto apresenta uma metodologia para observar a institucionalização do streaming no Brasil contemporâneo. Espera-se contribuir na discussão sobre a matéria que elabora uma mídia, com atenção à sua forma. Isso consiste numa cartografia das relações de força envolvidas, com atenção pontual sobre a sedimentação em torno de uma norma jurídica: o SeAC, a Lei do Serviço de Acesso Condicionado. A partir do entendimento tanto de Foucault quanto de Deleuze e Guattari sobre a relação entre forma de expressão e de conteúdo, o conceito de diagrama, a visão particular sobre signos e a ideia de transformação incorpórea, entende-se os termos dessa lei como permissões e impedimentos que delimitam o horizonte no qual o audiovisual on-line pôde vir a se organizar. Cartografar essas forças significa identificar os pontos-chave em disputa na elaboração dessa lei e na tentativa de dissolvê-la: o sistema de cotas então proposto e a separação patrimonial criada para proteger as operações locais de broadcast. Ambos consistem em barreiras para o imperativo de intenso deslocamento numa intensa velocidade, traço identificado por Virilio como fator-chave na modernidade, que, no streaming, encontra-se em franca operação.

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Biografia do Autor

João Damasceno Martins Ladeira, Universidade Federal do Paraná

Professor adjunto da UFPR, atuando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e no Departamento de Comunicação. 

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Publicado

2022-04-30

Como Citar

LADEIRA, J. D. M. Uma arqueologia do streaming no Brasil: ensaio metodológico. Lumina, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 28–44, 2022. DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.32557. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/32557. Acesso em: 9 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos