Realismo e cinema de ficção científica: equilíbrio delicado

Autores

  • Alfredo Suppia UFJF

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2009.v3.21054

Palavras-chave:

cinema, ficção científica, teoria literária

Resumo

Discutir como alguns filmes de ficção científica lidam com
algum tipo de realismo, tanto no nível da forma quanto no de
conteúdo, demonstrando que tal operação pode ser fundamental para
o sucesso do gênero. Autores como Darko Suvin (Metamorphoses of
Science Fiction) ou Christine Brooke-Rose (The Rethoric of the
Unreal) consideram o realismo um fator de equilíbrio no contexto da
literatura fantástica ou de ficção científica. A mesma abordagem
poderia ser aplicada à crítica cinematográfica, com algumas
adaptações. Para ilustrar esse debate, serão examinados filmes de
ficção científica internacionais como A Mulher na Lua (1929), de Fritz
Lang, Destination Moon (1950), de Irving Pichel, La Jetée (1962), de
Chris Marker, Stalker (1979), de Andrei Tarkowsky, e finalmente
Filhos da Esperança (2006), de Alfonso Cuarón, filme
contemporâneo no qual reverberam, anacronicamente, pensamentos
do crítico francês André Bazin sobre o realismo cinematográfico.
Comparam-se diferentes manifestações de realismo no cinema de
ficção científica, do filme de efeitos especiais, semi-documental e com
ampla inspiração em teorias científicas, até um cinema de FC mais
sutil em termos de apuro técnico, orientado pela criação de uma
“atmosfera” realista. Com isso, pretende-se traçar um esboço
preliminar de uma taxonomia do realismo no cinema de ficção
científica.

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Publicado

2009-06-05

Como Citar

SUPPIA, A. Realismo e cinema de ficção científica: equilíbrio delicado. Lumina, [S. l.], v. 3, n. 1, 2009. DOI: 10.34019/1981-4070.2009.v3.21054. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/21054. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos