Serviços de Informações no Cone Sul: Interconexões sob a Égide da Doutrina de Guerra Revolucionária (1960-1990)
Palavras-chave:
Doutrina de Guerra Revolucionária, Trocas de Informações, Formação de pessoal em Doutrina de Guerra RevolucionáriaResumo
O presente artigo discute as formas pelas quais Serviços de Informações do Cone Sul entrelaçaram seus aparatos repressivos a partir dos anos de 1960; capitaneados pelos preceitos da Doutrina de Guerra Revolucionária, desenvolvida pelos franceses durante a Guerra na Argélia, no final dos anos de 1950 e início de 1960, e disseminada pelo mundo através de suas Embaixadas. Doutrina essa que se integrou às Doutrinas de Segurança Nacional, embasando as estratégias e táticas das práticas genocidas e de lesa humanidade cometidas pelas ditaturas do Cone Sul. O enlace dos Serviços dava-se através de uma série de atividades em que as nações sob ditaduras envolviam-se conjuntamente. Como referência para essa análise, valemo-nos de informações extraídas dos documentos constantes no Arquivo do Horror em Assunção – Paraguai, relativos às Conferências Bilaterais de Exércitos, integradas por membros das forças armadas do Brasil, da Argentina e daquele país; bem como de correspondências oficiais efetuados por exércitos ou serviços secretos das “nações amigas”. Destaca-se nessa intersecção, o papel de adidos militares e embaixadas que amparavam a Doutrina de Guerra Revolucionária, servindo de aporte para a intersecção entre as perseguições políticas a civis e os interesses econômicos da nação que representavam.
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