Perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes em atendimento fisioterapêutico no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz
Palabras clave:
Hanseníase. Fisioterapia. Perfil de saúde. EpidemiologiaResumen
A Hanseníase é uma doença endêmica no Brasil e se manifesta por sinais e sintomas dermatoneurológicos, tendo alto poder incapacitante. Assim, o fisioterapeuta desempenha importante papel na prevenção de incapacidades motoras e sensitivas. O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes atendidos no Serviço de Fisioterapia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora e fazer um breve relato do trabalho realizado em Hanseníase. Foram coletadas informações nos prontuários eletrônicos e fichas de avaliação de 16 pacientes em atendimento entre outubro de 2013 e março de 2014. Após análise exploratória, foram calculadas frequências simples, médias, desvio padrão e percentuais das variáveis analisadas. A idade média dos pacientes foi de 56,6 anos sendo que receberam o diagnóstico com 47,7 anos. A maioria dos pacientes eram homens (56,2%), da raça branca (62,5%), aposentados (56,2%) e moradores de Juiz de Fora (75%). Houve predomínio do tipo multibacilar (81,2%) e da forma clínica virchowiana (31,3%). Quatorze finalizaram o tratamento poliquimioterápico, embora metade usasse medicação para prevenção de incapacidades e 5 tinham deformidades instaladas. Os primeiros sintomas observados foram: manchas, fraqueza, dores no corpo e perda de sensibilidade. Verificamos que este perfil é semelhante ao de outros serviços: homens, brancos, aposentados, idosos e adultos jovens, com hanseníase multibacilar da forma clínica virchowiana. A maioria não apresenta sequelas, não foi avaliada quanto ao grau de incapacidade e metade estava em reação no momento da pesquisa. Os sintomas, sequelas e principais queixas justificam sua presença em um Serviço de Reabilitação.Descargas
Citas
ALVES, A. C. R. et al. A Residência Multiprofissional no Projeto de Extensão “Atenção Interdisciplinar aos Pacientes em Controle da Hanseníase”. In: Residência em Psicologia - Novos contextos e desafios para a formação em saúde. Petrópolis: Vozes, p. 199–216, 2013.
AQUINO, D. M. C. DE; SANTOS, J. S.; COSTA, J. M. L. Assessment of a leprosy control program in a hyperendemic county in the State of Maranhão, Brazil, 1991-1995. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 1, p. 119–125, fev. 2003.
BRASIL. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
BRASIL. Vigilância em saúde: dengue, esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma e tuberculose. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2008a.
BRASIL. Manual de prevenção de incapacidades. Brasília: Ministério da Saúde, 2008b.
BRASIL. Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníase. 1a. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
COSTA, M. D. et al. Assessment of quality of life of patients with leprosy reactional states treated in a dermatology reference center. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 87, n. 1, p. 26–35, fev. 2012.
DATASUS. Casos confirmados por sexo segundo UF Notificação - 2012. Disponível em: <http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/tabnet/tabnet?sinannet/hanseniase/bases/Hansbrnet.def>. Acesso em: 5 ago. 2014.
FREITAS, A. M. et al. Effect of a change in treatment time on leprosy endemicity in Juiz de Fora, Brazil. HU Revista, v. 36, n. 1, 28 jul. 2010.
GONÇALVES, S. D.; SAMPAIO, R. F.; ANTUNES, C. M. DE F. Predictive factors of disability in patients with leprosy. Revista de Saúde Pública, v. 43, n. 2, p. 267–274, abr. 2009.
IBGE. Censo Demográfico 2010: Resultados do Universo - Características da População e dos Domicílios - Juiz de Fora-MG. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=313670&idtema=67&search=minas-gerais|juiz-de-fora|censo-demografico-2010:-resultados-do-universo-caracteristicas-da-populacao-e-dos-domicilios->. Acesso em: 6 ago. 2014.
LIMA, L. DE S. et al. Caracterização clínica-epidemiológica dos pacientes diagnosticados com hanseníase no município de Caxias, MA. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, v. 7, n. 2, 2009.
LONGO, J. D. DA M.; CUNHA, R. V. Perfil clínico-epidemiológico dos casos de hanseníase atendidos no hospital universitário em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, de janeiro de 1994 a julho de 2005. Hansenologia Internationalis (Online), v. 31, n. 1, p. 9–14, 2006.
MELÃO, S. et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no extremo sul de Santa Catarina, no período de 2001 a 2007. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 44, n. 1, p. 79–84, fev. 2011.
OLIVEIRA, S. N. et al. Avaliação epidemiológica da hanseníase e dos serviços responsáveis por seu atendimento em Ribeiräo Preto-SP no ano de 1992. Medicina (Ribeiräo Preto), v. 29, n. 1, p. 114–22, mar. 1996.
PINTO, R. DOS A. et al. Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes notificados com hanseníase em um hospital especializado em Salvador, Bahia. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 34, n. 4, dez. 2010.
RODINI, F. C. B. et al. Prevenção de incapacidade na hanseníase com apoio em um manual de autocuidado para pacientes. Fisioterapia e Pesquisa, v. 17, n. 2, p. 157–166, 1 jun. 2010.
SOUZA, C. S. Hanseníase: Formas clínicas e diagnóstico diferencial. Medicina (Ribeirao Preto. Online), v. 30, n. 3, p. 325, 30 set. 1997.
UFJF. Centro de Reabilitação de Hanseníase da Zona da Mata Mineira. Disponível em: <http://www.ufjf.br/hu/centros-de-referencia/centro-de-reabilitacao-de-hanseniase-da-zona-da-mata-mineira/>. Acesso em: 10 jul. 2014.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global leprosy update, 2013; disease burden. Weekly epidemiological record, v. 89, n. 36, 2014.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Cessão de Primeira Publicação à HU Revista
Os autores mantém todos os direitos autorais sobre a publicação, sem restrições, e concedem à HU Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento irrestrito do trabalho, com reconhecimento da autoria e crédito pela citação de publicação inicial nesta revista, referenciando inclusive seu DOI.